O envolvimento de Freud Godoy, assessor de Lula, na compra de dossiê contra adversários, fez Brasília recordar Gregório Fortunato, mandante do atentado a Carlos Lacerda e segurança do Presidente Getúlio Vargas.
Na época, o episódio levou a oposição no Congresso Nacional a tentar o impedimento de Getúlio Vargas. Haviam também diversas denúncias de corrupção.
Getúlio Vargas não aceitou o impedimento e suicidou-se. Em sua sua carta-testamento, disse que saía da vida para entrar na história. Sua morte provocou grande comoção nacional. O povo revoltou-se e Lacerda teve de fugir do país. As redações de vários jornais, que faziam oposição intransigente a Getúlio, foram atacadas por multidões.
Depois disso, a figura de Getúlio Vargas passou a influenciar decisivamente a política nacional. Com Juscelino, Brizola e João Goulart.
O próprio golpe de 1 de abril de 1964 é visto como uma reação a influência do "getulismo" na política nacional. 20 anos de ditadura, assassinatos, torturas e os problemas do Brasil apenas se agravaram.
Agora, os sucessores da ditadura, presentes fisicamente no PFL e ligados espiritualmente ao PSDB (incrível!), revivem o espírito golpista. Há poucos dias FHC clamava pela "falta" de Lacerda para "incendiar" o país.
Curioso é que, por enquanto, não busquem associar Freud Godoy, assessor de Lula, à Gregório Fortunato, segurança do Presidente Getúlio Vargas.
Será que tal associação é explosiva demais? Cria um paralelo histórico perigoso? Já dizia Marx que a história se repete, sempre. Primeiro como tragédia, depois como farsa.
Ainda não acabou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário