Matar ou morrer

fonte: Reuters

O comando da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou o debate de domingo na TV Bandeirantes como mais uma etapa superada, na estratégia de manter o favoritismo sobre o candidato tucano Geraldo Alckmin, ao longo do segundo turno.

O primeiro teste foi a pesquisa Datafolha da última sexta-feira, que apontou vantagem de sete pontos para Lula, resultado ligeiramente superior ao obtido nas urnas em 1o de outubro.

"Os adversários devem estar frustrados porque criaram a expectativa de que iam provocar uma virada eleitoral com o debate, mas não conseguiram produzir nenhum fato neste sentido", resumiu o ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral.

De acordo com auxiliares próximos, Lula descartou completamente a sugestão de mencionar, no debate da Bandeirantes, o fato de a ex-primeira-dama de São Paulo ter sido presenteada com vestidos caros por um estilista amigo.

"Não vou ao debate para matar ou morrer, não consigo ser mau caráter", disse Lula a um assessor da campanha na viagem entre Brasília e São Paulo.

Lula diz que não consegue ser mau caráter. Portanto, estará em desvantagem nos debates contra Alckmin, que consegue ser mau caráter como poucos.