06 novembro, 2006

A bruxa de Portobello


O escritor Paulo Coelho lançou, recentemente, o livro "A bruxa de Portobello".

Ele sempre foi criticado e considerado por muitos um autor superficial. O que não o impediu de vender cerca de 75 milhões de livros, receber as mais altas honrarias literárias da França e de outros países, além de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Nas eleições presidenciais deste ano, o mago manifestou seu apoio ao Presidente Lula.

A revista Veja, notório baluarte do tucanismo nacional, analisa assim o livro A bruxa de Portobello:

"Paulo Coelho é um péssimo escritor. [...] Athena (a personagem principal) não passa de um veículo oco para os slogans idiotizantes do autor. [O livro] traz uma apologia descarada do curandeirismo. Coelho não é apenas um mal escritor: seu obscurantismo é nocivo." by Jerônimo Teixeira.

Não acredito que o juízo de valor emitido pelo crítico da revista seja motivado pela posição política assumida pelo escritor. Mas o verdadeiro ódio que ele expressa, demonstra que há algo mais além do que a defesa do bom gosto literário.

Não sou um fã de Paulo Coelho. Já li alguns de seus livros, mas não me senti atraído por sua narrativa. Nunca consegui entender o segredo de seu imenso sucesso.

Apesar de não apreciar o que Paulo Coelho escreve, não o considero "nocivo", como o crítico da revista Veja. É um exagero e parece rancor politicamente motivado.

Dizem que a maconha, considerada uma droga leve, não pode ser legalizada pois funciona como "porta de entrada" para outras drogas, mais pesadas. O raciocínio é um tanto quanto enviesado, mas tem sua lógica.

Paulo Coelho é como a maconha. Uma literatura leve, que pode servir como "porta de entrada" para inúmeros não-leitores em direção de obras mais densas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Reinaldo e amigos do blog
Sugiro que esuqeçamos a revista Veja, devemos mesmo evitar escrever essa palavra e mesmo quando formos utililizá-la literalmente, substiutí-la por "isto é" ou "carta capital". É sério, Veja, Globo e Mainardi não são mais passíveis de discussão, são idiotas e idiotizantes (vide comentários de Diogo Mainardi sobre Paulo Henrique Amorim), levam a discutir bobagens, aliás, como pode alguém dizer que determinada personagem de um livro é estúpida, MEU DEUS, e como o neguinho vai saber se não é pra ser assim mesmo? Não adiantar ficar discorrendo sobre essa imbecilidade que se auto-denomina "indispensável".
Abraços!!

Anônimo disse...

Ah, me esqueci.
Quando falei sobre substiuir a palavra "veja", mesmo em seus usos literais esqueci-me de acrescentar que eu já o fazia nos idos anos do Rubens de Faria, na ocasião utilizava a palavra "istoé", e os professores entendiam a piada, e era so isso mesmo, uma piada, pois eu ainda acahava que a Veja não era de direita (eita adolescência ingênua).
As frases ficarão "tipo assim":
"Istoé que linda aquela paisagem"
"Vou deixar que ela me carta capital agora"
hahaha

Reinaldo disse...

ótima idéia rodson