15 dezembro, 2006

"O pós modernista diz sim, nós divergimos,
E não há certo nem errado.
O fundamentalista diz, sim, nós divergimos,
E eu estou certo."
Bhaskar
O ser humano é egoísta, egocêntrico, vaidoso, orgulhoso.
Certa vez, tive a sorte de, em uma viajem, ter como colega de quarto (nada mais, nada menos que) Jamil Murad, deputado federal pelo PC do B.
"Seo" Jamil, com seu jeitão pacato, tímido, adentrou ao quarto com sua mochila nas costas, um livro de Marx numa mão e a Carta Capital na outra. Após nos cumprimentarmos, questionei sobre o fato de, depois de longos anos de militância, ter ele ainda ânimo para ler Marx. Respondeu-me que sempre temos muito a aprender, independentemente de nossas idades e do conhecimento acumulado ao longo dos tempos. Ressaltou que a ausência de conteúdo ideológico, de análise racional crítica, fazem com que nossos sentimentos íntimos mais maléficos se sobreponham aos interesses coletivos, de transformação da sociedade.
O lulismo, assim como o chavismo, criou na América Latina um ambiente de culto a grandes referências populares, ligadas a esquerda, que impediu que as grandes massas, mesmo os "estudados", numa perspectiva convencional, de refletirem sobre a idéia de transformação social à marxista. Para muitos petistas, o espectro político se divide em quem está com Lula ou contra ele, revelando visão crítica rasa.
Marx:
"É certo que a arma da crítica não pode ser substituir a crítica das armas, que o poder material tem de ser derrubado pelo poder material, mas a teoria converte-se em força material quando penetra nas massas."

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