Começa o segundo tempo do governo Lula.
Com o ministério praticamente definido, é o momento de Lula pensar em como quer entrar para a história.
Os programas sociais que criou, com certeza, mudaram a vida de muitas pessoas. Mas, se seu governo se reduzir apenas a esses programas sociais, Lula será lembrado como mais um fracasso da esquerda.
Melhorou um pouco, foi melhor que FHC. Lutamos durante 27 anos para isso? Só isso?
O companheiro Presidente deve fazer a reforma agrária. De verdade. Definitivamente. Enfrentando a questão do latifúndio e usando as idéias que ligam os novos combustíveis renováveis - alcool e biodiesel - à pequenas propriedades. Com isso, poderá revolucionar o campo, melhorar a condição de vida das pessoas e criar milhões de emprego. Além de dar um grande passo rumo ao crescimento sustentável.
Fazer a reforma política. Mudar a forma como escolhemos nossos representantes, reduzindo a influência do poder econômico nas eleições e tornando a máquina do estado mais acessível ao povo. Criando condições reais de fiscalização popular e de meios de participação direta.
E, em algum momento, tratar da questão das relações de produção. O Brasil precisa crescer economicamente. Para gerar empregos e renda para seu povo, não para gerar lucros altíssimos para um pequeno grupo de pessoas. Para garantir um crescimento econômico que não destrua o meio ambiente e não agrave nossos problemas sociais, devemos incentivar formas alternativas de organização produtiva.
O Estado deve intervir de forma direta, atuando como financiador e organizador de novas formas de organização produtiva: agricultura e empresas urbanas de cunho familiar, trabalho cooperativo, experiências de autogestão e economia solidária, entre outros.
Apenas quando mudarmos radicalmente a forma como a riqueza é produzida e distribuída poderemos combater de forma eficaz a injustiça social, a miséria e a alienação.
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