"Vânia era desenhista de moda e pintora, da minha altura, uma gazela, pernas e coxas alongadas, saboneteiras profundas e seios discretos. Rosto marcante, olhos bonitos. Encontrávamo-nos regularmente. Sempre à tarde, que ela desconfiava que o marido desconfiasse. Usava, invariavelmente, camisas de seda ou algodão em padrões que ela mesma desenhava, lindas, marcantes, ousadas. Tinha uma válvula de sucção no lugar do sexo e soltava sonoras flatulências vaginais pós-coito. Era agradável, sadio, sem dramas, o namoro de tardes inteiras, ela nua, suas esguias longas pernas enroscadas em meu corpo. Nenhuma ansiedade. Pedia-me, enquanto nos amávamos, que inventasse estórias sobre ela mesma estar sendo possuída por mais de um homem, concomitantemente, dois ou três, ocupando todas as suas frestas, o que importava em que nos amássemos sem qualquer sentimento de propriedade."O texto acima foi extraído do livro "Triângulo no Ponto", romance de estréia de Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal.
A prosa é ruim e a suposta "ousadia" do tema não salva a obra.
Serve, apenas, para entender porque o STF demora tanto para julgar os recuros e ações que lhe são apresentados. Seus velhos magistrados gastam o tempo escrevendo histórias eróticas de baixa qualidade.
Para conhecer uma narrativa autobigráfica relevante, profundamente erótica e visceral, leia Henry Miller.



Um comentário:
Estranha, e muito, o fato de alguém afirmar que a prosa é ruim, mesmo antes do livro chegar aos locais de venda. Certamente é precária a assertiva apoiada tão-somente em trecho do livro. Conclusões incisivas sobre um obra demandam, no mínimo, o seu conhecimento.
Interessante seria, ainda, a consulta ao site do STF para que fosse apurado qual o volume de processos julgados mensalmente pelo mencionado Ministro.
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