texto divulgado pela Corrente Operária do ABC, em Julho de 2007, anunciando eu rompimento com o Psol
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"A partir da ruptura dos parlamentares “radicais” com o PT, que se colocaram contra a reforma da previdência aplicada pelo governo Lula, formou-se o PSOL em 2004. Nós da Corrente Operária do ABC, a partir da nossa experiência como corrente dentro desse partido, afirmamos que o PSOL demonstrou que não responde à necessidade de construção de um partido de independência de classe.
"Desde o início, afirmamos que o PSOL não era um partido revolucionário, mas que entrávamos nele lutando por essa estratégia. (..)
"Em todos os aspectos, o PSOL não é um partido da classe trabalhadora e por isso estamos rompendo com esse partido. Em primeiro lugar, o PSOL constitui-se como um partido pequeno-burguês por sua direção, em que os parlamentares pronunciam-se, votam e agem como bem entendem (...)
"(...) ao invés de um programa em defesa das demandas concretas da classe trabalhadora e do povo pobre, o PSOL defendeu redução de juros e mudança na política econômica, mantendo a exploração capitalista, alimentando a farsa de que o crescimento econômico vai gerar automaticamente benefícios para os trabalhadores, enquanto gera na verdade maiores lucros para os patrões. Para os empresários, Heloísa Helena mandou seu recado de que não precisavam temer seu governo. Para a questão da terra, uma reforma agrária conforme a Constituição atual, no mesmo molde que afirmou Lula em sua posse.
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"Contra a orientação da Frente de Esquerda, construímos uma campanha em defesa da independência de classe, que teve como eixos a luta contra as demissões, as demandas do povo negro, a legalização do aborto e a luta anti-imperialista. Enquanto isso a campanha de Heloísa Helena defendia os empresários, se pronunciava contra a legalização do aborto e o direito da mulher de decidir sobre o seu corpo e sequer se pronunciou sobre o ataque de Israel ao povo libanês. E César Benjamin, candidato a vice-presidente, se achava no direito de falar sobre a questão negra, pronunciando-se contra as cotas raciais e fazendo coro com a ideologia burguesa negando a existência da opressão racial. Vergonhosamente, com relação à violência social, Heloísa Helena aliou-se aos setores reacionários, defendendo o “combate implacável aos bandidos”, quando sabemos que a ação policial está nas periferias reprimindo e assassinando pobres e, principalmente, negros.
(...)
"O PSOL busca a construção de um “bloco político e social” poli-classista de todos os setores que se opõem ao capital internacional, os grandes monopólios e os latifúndios. Aí cabem não somente o proletariado e o campesinato pobre, mas também os empresários do setor produtivo não monopolistas e setores da polícia. Nesse sentido, está à direita do PT das origens que defendia a consigna “partido sem general e sem patrão”."
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5 comentários:
Como que alguem percebe isto assim... de repente?
O texto completo é muito longo, Fábio. Por não o postei na íntegra.
Ali eles fazem a reflexão de que foram para o PSOL, lutando para que o partido assumisse uma posição revolucionária, que se colocaram contra a linha partidária durante as eleições, foram para o Congresso do PSOL e, depois disso tudo, percebendo que não havia mesmo qualquer espaço para mudança, é que deixaram o partido.
Para qual partido eles foram. Sera que vão voltar ao PT?
Se for, o partido deve aceitalos, com críticas.
Pelo que sei, tentarão criar um novo partido.
Esse é o mal dos trotskystas.
Quando você se liga a um partido, nem sempre concordará com todas as suas posições - até mesmo porque são posições da maioria.
Os trotskystas, porém, em sua grande maioria, a cada divergência fundam um novo partido ou organização. No Brasil temos o PSTU, PSOL, PCO, LBI, sem contar com outras agremiações não trotskystas como PCdoB, PCB, PCBR, além de várias tendências do PT.
Acredito que se todas essas organizações, de inspiração marxista, conseguissem chegar a um acordo sobre os pontos principais de seu programa político e se unificassem, teríamos um partido comunista de tamanho considerável no país.
Infelizmente, isso não acontece.
Alguem sabe quantos novos partidos trorskystas surgem a cada ano?
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