Banco de Currículos

Segundo divulgou o jornal Cruzeiro do Sul de 08/09/07, o vereador Francisco França (PT), apresentou projeto de resolução à Câmara Municipal, propondo que a referida casa legislativa crie, em seu site, um espaço para a divulgação de currículos.

Segundo a proposta do vereador, a digitação de cada currículo seria feita pelo servidor do gabinete do vereador visitado, ficando no ar por três meses.

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Fazer currículo para desempregados não é papel dos vereadores.

Os senhores vereadores deveriam fiscalizar o Executivo, acompanhar o andamento de obras e o funcionamento dos serviços municipais, estudar os problemas do município, propor leis, votar o orçamento municipal, após debatê-lo detalhadamente, propondo as emendas necessárias e exigindo seu cumprimento.

No caso de um vereador de esquerda, é de se esperar, ainda, que se coloque ao lado dos movimentos sociais, auxilie na organização e fortalecimento das organizações populares e denuncie a farsa do atual sistema legislativo.

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Que a câmara municipal tenha se tornado ponto de romária para pessoas em busca de todo tipo de ajuda, não é novidade.

Ali se consegue tudo: digitação de currículos, consultas médicas, remédios, dinheiro, promessa de emprego, dentaduras - e muito, muito mais.

A romaria não é sem sentido. Muitos vereadores, para não dizer a maioria, foram eleitos e reeleitos fazendo pequenos favores, quebrando galhos. É só o que sabem fazer.

Esse tipo de coisa, em si, é condenável. Agora, é absurdo transformar essa prática em política publica!

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O grande problema dos desempregados é a própria situação de precarização das relações de trabalho. Contra essa situação deve lutar um vereador.

E posse dizer que o vereador França e um dos poucos que enfrenta essa questão.

Mas "banco de currículo", não. Assim força a amizade.