Invadir o Irã como vem ameaçando o governo Bush não é tão fácil como ele pretende demonstrar:
O Irã mantém o controle sobre grande parte dos líderes xiitas no Iraque (maioria) e os EUA têm consciência que a paz no Iraque depende do Irã;
O Irã mantém grande influencia sobre a Síria, país inimigo dos EUA;
Os iranianos são os principais fornecedores de petróleo para a China e uma crise na economia chinesa poderia desencadear uma crise na economia mundial;
O pais dos Aiatolás tem acesso fácil ao estreito de Ormuz, por onde passam 80% do óleo cru proveniente do Golfo Pérsico (Kuait, Arábia Saudita, Irã e Iraque), disseminar minas anti-navio é uma tarefa muito rápida que pode parar a economia mundial em alguns dias;
Teerã dispõe também de mísseis balísticos Shehab-3 com um alcance de até 1.500 quilómetros que podem bater alvos no território de Israel, principal aliado dos EUA;
Existe ainda o recentemente constituido “corpo de kamikadzes” ( 40 mil efetivos), dispostos a se explodirem contra alvos dos EUA. Eles apareceram em público durante um desfile militar em 13 de fevereiro;
Por outro lado, o alto grau de perigo representado pelo Irã pode favorecer uma concertação no oriente médio que contribua para a retirada das tropas dos EUA do Iraque, visto que o Irã é tido como última possibilidade e única força política capaz de neutralizar a guerra civil no Iraque. Se os EUA continuarem no Iraque a guerra não terá um fim próximo e mais cedo ou mais tarde o conflito com o Irã se tornara inevitável, a não ser que seja usado o arsenal nuclear para aniquilar o Irã antes que ele possa reagir.
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