26 setembro, 2007

SEJA INTELIGENTE, NÃO SEJA JABOR

A geração de homens que lidam com a cultura que viveu sob a Ditadura Militar adquiriu um cacoete. Sob a Ditadura, ficavam indignados de ver a população, na sua maioria, aceitando o regime, e então atacavam não só o governo que não gostavam, mas também os modos do povo brasileiro, pois identificavam naqueles modos um aval para a própria Ditadura Militar.

Não foram poucos os que se livraram disso. Mas há os que ainda raciocinam assim, mesmo que o governo não seja mais a Ditadura Militar. Não gostam do Presidente e de seu partido, e então acham que o brasileiro é o espelho do governo. É um modo errado de entender as sociedades. Ninguém é igual ao que a gente não gosta só por que não fica protestando o dia todo contra o que a gente não gosta. E esse é o erro fatal de Jabor. Ele tem lá suas mágoas contra o PT e contra o Lula – quem não tem? – e então, não contente em atacar quem é de direito, partiu para um briga maior. Ele está de mal com o mundo, e resolveu ficar de mal com o brasileiro.

Ponto a ponto, vou levantar dúvidas sobre o que ele disse a respeito do “brasileiro”. E em nenhum momento vou usar contra Jabor o instrumento da burrice, que é o “não se deve generalizar”. Quem diz que não se deve generalizar não sabe escrever. Jabor está correto ao criar “o brasileiro”. E vou me manter nessa abstração sociológica – ou quase isso. Mas vou tentar mostrar que uma outra abstração, muito mais positiva, está correta.

O texto dele foi feito por itens, aos quais ele acrescenta, no final, a palavra-sentença “mentira”. Eu vou tecer considerações abaixo de cada um dos itens. Os itens dele estarão aspados. Além disso, coloco as iniciais nas frases dele e nas minhas, para diferenciar e facilitar o leitor.

“Verdade está na cara, mas não se impõe.” (AJ)

Prefiro: a verdade nunca está tão na cara, e muitas vezes nós a engulimos por imposição, embora eu, em particular, goste de viver em lugares onde a verdade seja resultado de conversação, não de força. (PGJr)

“Brasileiro é um povo solidário. Mentira.” (AJ)

O brasileiro não é mais solidário que povos com tradição comunitarista, mas é bem mais solidário do que muitos outros povos. Principalmente nas cidades grandes, ao contrário do que parece. Todos nós vemos como que São Paulo se mobiliza em favor dos desabrigados, quando há catástrofes. E como isso se repete no Rio. Não somos só nós que notamos isso, os estrangeiros que aqui ficam dizem isso, quando convivem um pouco mais tempos conosco. E quando trabalhamos no exterior, podemos comprovar isso. Nossa solidariedade, inclusive, é celebrada pelas comunidades que brigam lá fora, mas que aqui, são unidas. (PGJr)

“Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem solidariedade e preparo nem para ser gari, sóporque tem uma história de vida sofrida; pagar 40% de sua renda emtributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar dogoverno uma solução para pobreza; aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossacriminalidade... Não protestar cada vez que o governo compra colchõespara presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa degente solidária. É coisa de gente otária.” (AJ)

Brasileiro não é otário por apostar nos outros com história. Lula foi uma aposta. Muitos votaram nele dizendo: FHC controlou a inflação, agora, um cara que foi pobre, vai consertar o outro lado, que é injustiça social. Fazer essa aposta não é coisa de gente otária ou babaca, é coisa de gente esperançosa e que sabe viver em democracia. Agora, o brasileiro se indigna sim, que se compre colchões para presidiários, mas ele sabe que na cadeia não estão animais. E nem animais nós tratamos mal. Muitos brasileiros honestos já estiveram na cadeia. Então, pesam isso na hora da defesa de direitos humanos. Só os fascistas acham que quem está na cadeia deve sofrer mais do que já se sofre por estar enjaulado. Quanto a imposto, o brasileiro paga menos impostos do que outros povos. Se olharmos Israel ou os Estados Unidos, perceberemos isso. Todo mundo reclama de pagar imposto em qualquer país do mundo, O brasileiro também reclama – e reclama certo. Ele espera que os ricos paguem mais que a classe média e os pobres. Mas o brasileiro gosta de que isso venha em forma de lei, e vota nos candidatos que querem tal transformação. É visível o descontentamento do brasileiro quanto ao destino de seus impostos. Mas ele paga. Pagar é de lei, enquanto a lei não muda. O brasileiro não é otário por seguir a lei. Ele é honesto. (PGJr)
“Brasileiro é um povo alegre. Mentira.” (AJ)

“Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e darrisada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmoque contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providênciascomo cidadão, ri feito bobo.” (AJ)

Brasileiro é alegre sim. De bobalhão não tem nada. Todo começo de ano as pesquisas mostram que o brasileiro está mais feliz que outros povos e com mais esperança. E quando o brasileiro passa por problemas como o do PCC, do masssacre, ele reage. Todos ficaram indignados. Mas é um sinal de inteligência saber rir de si mesmo, e das circunstâncias difíceis. A piada do Zé Simão às vezes não é só um modo de suportar a dor ou amenizar as coisas, muito menos é um modo de ser bobo, é uma forma aguda de crítica social. Os Estados Unidos usam o cinema para a auto-crítica mordaz. Nós usamos o humor televisivo e jornalístico – um dos melhores do mundo. Não rimos feito bobos, de modo algum. Rimos com inteligência e coragem. Só o brasileiro tem o humor agudo a ponto de conseguir reverter quadros deprimentes, fazer piada para, então, acalmar os ânimos e seguir em frente. Muitas das vezes que resolvemos situações delicadas, fizemos isso por conta de conseguirmos fazer humor. Nossos cartunistas fizeram parte da linha de frente das batalhas contra a ditadura e, agora, contra a corrupção. Nossos cartunistas foram muitos mais rápidos do que quaisquer outros, no mundo, em poder criticar a esquerda, acostumados a só criticar a direita. Quem não ri, este sim, é tomado com bobo em qualquer cultura – é o cara que não entende a piada. É o tonto. O tonto é o cara que não entende a piada. E a vida, mesmo trágica, é cômica, sabemos disso. O brasileiro é excelente nessa auto-crítica. (PGJr)

“Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.” (AJ)
“Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar,fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos dopovo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver umdeputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o sacoo resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo - que seestivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma emreceber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nadae não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivada deoutra coisa que não de vagabundo.” (AJ)

Qualquer pesquisa da OIT mostra que o brasileiro é uma pessoa que tem uma jornada de trabalho longa, e que começa muito cedo. Receber bolsa família, se oferecida, não é sinal de má vontade. Quem não receberia? Agora, todos sabemos, olhando para a nossa vizinhança, quem não trabalha. E quem não trabalha fica estigmatizado logo. Isso deixa claro, mesmo para quem não acredita em estatísticas, que o trabalho é um elemento positivo em nossa sociedade. E que os jovens pedem em suas reivindicações senão trabalho? (PGJr)

“Brasileiro é um povo honesto. Mentira.” (AJ)
“Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Nãopor medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão,pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas,quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.” (AJ)

Brasileiro é honesto. A corrupção que vemos no Brasil não é tão maior do que em outros países se notarmos o tipo de vida que os nossos funcionários “de rua” possuem. Nossos policiais de rua ganham pouco. Nossos professores que ficam em sala de aula ganham pouco. Todos que enfrentam o mais duro, ganham pouco. É um milagre que a corrupção seja só esta que vemos diante do salário que essas pessoas possuem. E mais, você nota a honestidade do brasileiro na cidade de São Paulo. Ele pega um dinheiro que caiu ao chão para devolver. Se há gente desonesta, que tenta um assalto, há vinte ao seu lado, avisando e tentando dizer “cuidado com a bolsa”, “faça isso e aquilo”. O brasileiro não é tonto de jogar dinheiro fora, se o recebe. Mas ele pensa sempre, em primeiro lugar, em ganhar menos, mas honestamente. Há muito mais gente ensinando os filhos a não roubar do que ensinando a roubar. E por isso nossa sociedade funciona, mesmo quando estamos sob governo ruim. (PGJr)

“90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.” (AJ)
“Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outraalternativa, e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho'do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fossehonesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3, mas não milhares de pessoas.Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos,inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.” (AJ)

O favelado não é mais nem menos honesto que outros. E ele pega o emprego que existe. Ele prefere trabalhar sem arma em punho, e que não seja na ilegalidade. Mas quando ele nasce nisso e outras oportunidades não aparece, ele trabalha nisso. Muitos bolivianos trabalham em plantação de cocaína, mas não ensinam seus filhos a roubar. O mesmo ocorre na favela: há regras,há justiça, há formas de honestidade. Mas não haverá nunca um dia em que todos na favela sairão às ruas dizendo: “vamos parar de traficar agora!” Nunca houve algo assim na história. Para que isso possa ser vislumbrado, é necessário que exista alternativa de vida. Onde há, já ficou provado, o brasileiro opta pela situação menos tensa, mais acomodada, mais legal e honesta. Agora, o favelado às vezes coopera com a polícia, sim, contra os bandidos. Mas e as conseqüências? Ele agüenta? Sozinho? Mesmo os policiais, muitos deles precisam fazer acordos com bandidos, para não terem suas famílias dizimadas. O brasileiro é honesto, e antes de tudo, é um sobrevivente. O brasileiro da favela, muitas vezes, é um herói. Jabor e cineastas brasileiros gostam de falar que são heróis no cinema, este cinema ruim que fazem, mas não reconhecem o valor desse pessoal na realidade (PGJr).

“O Brasil é um pais democrático. Mentira.” (AJ)
“Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povoacha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoriabarulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numatroca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos tem direitos, mas ninguém tem obrigações, não existem democracia e sim,anarquia.” (AJ)

O Brasil é democrático. As pessoas que querem bandidos na cadeia são a maioria? Sim, e daí, o que tem a ver isso com não ser democrático? A vontade da maioria se faz, na democracia, por canais legais, não por decisão imediata, como passe de mágica. Quem não respeita os trâmites para que as leis se aperfeiçoem, quem não tem paciência, este sim, apela para o autoritarismo. Além disso, a definição de democracia não é a de vontade da maioria. Só uma pessoa muito burra diria isso. Democracia é vontade da maioria sem que existe desrespeito a direitos de minorias. Por isso cada passo é lento. A cada mudança de lei, para fazer valer a vontade da maioria, é necessário fiscalizar se um direito de minoria não está sendo arrebentado. Às vezes podemos achar que para combater uma doença que só pega uma minoria, poderíamos isolar os portadores (uma idéias cubana para tratar da Aids, e que não deu certo), mas aí veremos que isso irá contra o direito deles. As leis de vontade de maioria somente não são leis democráticas. Onde há só a vontade da maioria não existe democracia, existe fascismo. (PGJr)

“Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoriabarulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto veremos que vivemos numasociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suasMPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais(ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, opagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.Democracia isso?” (AJ)

Quem é a minoria barulhenta? Ora, quem está na TV, do lado do poder, gritando todo dia, é o próprio Jabor. Fracassado como cineasta, ele tenta imitar Paulo Francis, gritando. E gritando, não consegue imitar. Ele faz parte dos que são barulhentos. Ele é Rede Globo! Pense nisso!(PGJr)
“Pense nisso!” (AJ)

Sim, pense nisso, pense em como Jabor pode ser da Globo e ao mesmo tempo ser barulhento, como se fosse um revolucionário. Mas ele não é, pois todas suas idéias acima são conservadoras”. (PGJr)

“O famoso jeitinho brasileiro. Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileirose acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo dovizinho e acha que está botando pra quebrar.” (AJ)

O jeitinho brasileiro é uma dádiva. É algo do ‘deixa para lá’, que outros povos mais ofendidos deveriam aprender. Nunca a expressão ‘jeitinho brasileiro’ quis se referir a ser espertalhão. Ela era e é usada – por quem tem alguma cultura – no sentido exato de como foi criada, para espelhar nossa fama, verdadeira, de pessoas que preferem uma saída pela lateral do que o confronto bélico. Todos querem ter a TV. Mas quando o processo é burocrático, lento e o serviço mal feito, o brasileiro pode fazer o tal gato. Mas isso é minoria até mesmo em comunidades carentes. (PGJr)

“No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de terganhado na loto... malandrões esquecem que pagam a maior taxa dejuros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zeroeducação, mas e daí?” (AJ)

Taxa e juro e padaria? Bem, não há relação. Mas é característica do pensamento fascista ligar coisas sem nexo, para confundir. E é característica do rico idealizar o povo comum, para melhor ou pior. Jabor, aqui, idealiza para pior. Nunca vi o Jabor em padaria, e olha que ando bem nas ruas de São Paulo e Rio, e não sou novo. Jabor nunca viu uma padaria de pobre, onde o cara manda marcar e paga no dia. Há menos calote do que se imagina. Além disso, ele não sabe bem o que é uma padaria. Na que eu freqüento regularmente, o caixa faz troco errado e as pessoas o corrigem, sempre pagando o certo. Será que nos bairros ricos que o artista global imitador de Francis vai há mais desonestos, daí ele ter dado esse exemplo? (PGJr)

“Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...” (AJ)
Não tem valor ser penta campeão do mundo? Então, qual a razão dos Estados Unidos fazerem um investimento de quarenta anos para poder participar da CoPa? Ser Penta significa abrir portas. O Brasil exporta técnicos e agora vai passar a ser rota de eventos turísticos importantes, ligados ao esporte. Isso foi uma construção do povo brasileiro, que tem mais ou menos 80 anos. (PGJr)

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950.Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revoltados meus avós se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemosuma das piores taxas de crescimento do mundo.” (AJ)

Ser o ‘país do futebol’ não significa ganhar sempre, significa que todo mundo aqui é técnico ou jogador. E isso é verdade, tanto é que exportamos jogadores e técnicos. Basta olhar o mundo do futebol para saber que somos o país do futebol. Os ingleses, que criaram o jogo, não são o ‘país do futebol’.

E sobre ser ‘o país do futuro’, a frase não é de um brasileiro. O brasileiro quer viver o presente. Até demais. Seria até melhor que o brasileiro fosse alguém que pensasse mais no futuro. Taxa de crescimento oscila. Governo ruim, taxa ruim – às vezes. Isso pode mudar. A democracia nos dá chance de mudar e ir sempre construindo o futuro (PGJr).

“Deus é brasileiro.” (AJ)
“Puxa essa eu não vou nem comentar... O que me deixa mais triste einconformado é ver todos os dias nos jornais à manchete da vitória dogoverno mais sujo já visto em toda a história brasileira. Parafinalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece!” (AJ)

Deus não é brasileiro? Ou ele está dizendo que sendo Deus brasileiro, e sendo isso um fardo para ele, merecemos isso, que é uma coisa ruim? Aqui, ele se confunde todo. (PGJr)

O fato de não termos problemas climáticos como os outros povos, furacões e tudo o mais, não é uma dádiva? Os brasileiros, os que acreditam em Deus e os que não acreditam, todos são abençoados. Veja, nossa consciência ecológica ainda é pequena, e queimamos a Amazônia diariamente. Mas, ainda assim, as chances de salvá-la existem. E então, isso não é sinal de que Deus é brasileiro?” (PGJr)

“Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar.” (AJ)

O brasileiro não gosta de apanhar. Tanto é que a reação é aquela que vimos. Collor traiu os eleitores, a população foi para as ruas contra ele. Lula decepcionou: a população lhe deu um segundo mandato, mas não foi comemorar na Paulista – foi um aviso. O brasileiro tem paciência, é de boa índole, mas não apanha não. (PGJr)

“Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meussentimentos amigos continuem fazendo sua parte, e que um dia pessoasde bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não temterremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, esem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!” (AJ)

Jabor gosta de ser odiado. Não pode ser amado nem odiado pelos seus filmes. Ninguém os viu. Então, dá uma de fascista (ele nem é tanto assim) para ser comentado. Quando diz que aqui não tem terremoto, faz com ironia tola. É de fato uma benção isso. Tudo que ele falou que temos, ele, na sua mesquinhez, falou no fim. No fundo, ele odeia que tenhamos tudo isso. Ele gostaria que tudo isso só existisse no jardim da casa dele.” (PGJr)
“Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?” (AJ)

Finalmente concordo com ele que falta boa vontade. A dele. Pois o modo como agiu acima, na pseudo-crítica, mostra que é ele que tem má vontade. Não tem projeto, não tem utopia, não sabe ter esperança e não sabe rir – isso o faz uma pessoa típica, aquela que conhecemos como os que estão ‘de má vontade’. No fundo, chego a ficar com pena. Deve ser duro viver nessa amargura que obriga a criar mentiras. (PGJr)

Seja diferente. Jabor adota o fascismo, adote a democracia. Jabor fala asneiras, fale o certo. Seja inteligente, não seja Jabor. (PGJr)
Arnaldo Jabor. (AJ)
Paulo Ghiraldelli Jr. (PGJr.)

Um comentário:

L. Archilla disse...

"e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta."

não entendi. partindo do pressuposto de que ele está falando sério, ele se contradiz, pois fala o tempo todo que o problema está no brasileiro, e não só nos governantes. se está sendo irônico, se contradiz tb, pq fala contra Lula mas ao mesmo tempo faz apologia, aliviando a culpa do Presidente e transferindo-a ao povo.

será que o Jabor quer uma bolsa-escola pra voltar pras aulas de redação?