24 outubro, 2007

Ética tucana - um contrasenso

A mesa do Senado Federal arquivou denúncia contra o senador Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB e inventor do mensalão. Sabe o Marcos Valério? Foi Eduardo Azeredo e sua quadrilha que o empregaram pela primeira vez.

O tucano mineiro era acusado de desviar dinheiro do governo de Minas, através das agências de publicidade de Marcos Valério, para fazer sua campanha à reeleição. Apesar da maracutaia, perdeu.

Mesmo diante da gravidade das denúncias, a mesa do Senado decidiu arquivar o caso. E a grande mídia, também arquivou o assunto. Um ou outro telejornal, de forma tímida, como quem surpreende a mãe dançando na zona.

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Em São Paulo, o Ministério Público Estadual investiga as relações do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transportes e Meio Ambiente (Idelt) com o governo paulista e prefeituras.

O Idelt é uma organização não governamental criada pelo tucano Alberto Goldman, vice-governador paulista, por Frederico Bussinger, ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, e Thomaz de Aquino Nogueira Neto, atual presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), entre outras pessoas ligadas ao setor de transporte público e ao PSDB.

É presidido pela mulher de Bussinger, Vera Bussinger. E recebeu pelo menos R$ 5 milhões dos cofres públicos nos últimos sete anos.

É a turma do Serra. A gente cria uma empresa, sua mulher toma conta, ganha as licitações. Isso quando houver licitação...

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Por fim, o caso do "gênio" tucano...

O senador Marconi Perillo (PSDB) e sua esposa conseguiram que a faculdade Alves Faria (AlFa) criasse uma turma exclusiva do curso de direito para eles. Isso mesmo: um curso de direito só para os dois.

Uma ação civil pública, apresentada pela procuradora Mariane Guimarães de Melo Oliveira quer acabar com o curso "especial" de Direito do senador.

Segundo a procuradora, o curso violou o “princípio de igualdade” a todos os cidadãos, definido pela Constituição e normas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. “Ele tem uma sala de aula só para ele, professores só para ele, horário de acordo com a conveniência dele às segundas-feiras, sextas-feiras e sábados pela manhã, e ainda não fez vestibular; isso é tratamento diferenciado”.

A faculdade justificou a turma especial por ser o seu aluno “famoso e carismático”.

Famoso? Sei.

Muitos tucanos sempre fizeram afirmações preconceituosas contra o presidente Lula por não ter concluído um curso superior.

É que, provavelmente, ele não teve essas facilidades...

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso não diminui o mensalão petista