O autor é Marcelo Senday.
O autor conta com a necessidade, e por conseguinte, com a possibilidade, de virmos a tornar possível a completa despoluição do rio Sorocaba e a desocupação de sua várzea para a construção de um Parque Universitário beira-rio.
"No trecho mais urbano de sua várzea, existem grandes áreas hoje ocupadas por antigas indústrias, uso que não mais condiz com essa nova realidade porvir."
Bom, varzea de rio não deve ser ocupada sob qualquer destinação, mas vamos lá:
"Partindo do pressuposto de que a várzea do rio, quando este estiver totalmente despoluído, se transformará num grande parque linear cruzando a cidade de norte a sul, a proposta aqui apresentada é a de um campus universitário como parte de um grande parque beira-rio, do qual poderiam fazer parte, além de áreas pertencentes a antigas indústrias, parte das oficinas e do pátio da Estação Ferroviária, que hoje se encontram abandonadas. O campus universitário ocuparia justamente uma parte da área industrial. Pretende-se assim dar um novo uso a uma área dentro da mancha urbana, central, já dotada de infra-estrutura, e que hoje em dia se encontra subtilizada. Uma área que possui potencial para ser convertida em um espaço para a cultura e o lazer.”
A área de intervenção é fortemente delimitada, de um lado pelo Rio Sorocaba, e do outro pela linha férrea, que vem de São Paulo e segue em direção ao oeste do Estado. O atual Plano Diretor em elaboração sugere que a malha ferroviária que corta a cidade possa ser convertida em meio de transporte coletivo sobre trilhos. Assim sendo, o parque universitário disporia de uma grande acessibilidade, privilegiando o pedestre e o transporte coletivo, através de pequenas estações de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) estrategicamente localizadas.
O projeto trata a universidade como uma instituição coesa onde o intercâmbio entre os diversos campos do conhecimento seja favorecido, através de uma edificação também coesa.
"O cidadão comum, ao utilizar algum dos serviços especializados ali localizados, ao cursar um dos cursos abertos, ou mesmo num simples passeio, observará as diferentes escolas, os alunos de diferentes disciplinas se apropriando dos espaços de diferentes maneiras."
"A circulação interna de veículos se restringe a uma rua única, paralela ao edifício, servindo aos bolsões de estacionamento (aproximadamente 1000 vagas). Uma avenida externa faz a ligação expressa com o sistema viário da cidade, ou seja, a rua interna não será utilizada como “atalho”.
Lógico que ainda faltaria um estudo de impacto ambiental, resta saber também se o autor faz a correta distinção entre área de esporte, lazer e cultura beira-rio de mata ciliar e se isso está contemplado no projeto, parece que não, se não está, seria possivel?
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