07 novembro, 2007

Epílogo de Diogo Mainardi

Diogo Mainardi, dublê de jornalista, foi entrevistado ontem no programa do Jô.

Seria um grande espetáculo verbal da Santa Aliança do Cansei, se os dois não demonstrassem um completo enfado diante do atual "estado de coisas".

Jô seleciona um trecho do livro de Mainardi, acredita-se que um dos mais divertidos. Depois de folhear o livro, não encontra o que procura. É ajudado por Diogo, um tanto sem graça. Jô lê o trecho em questão e ninguém ri. Nem ele.

Depois, decidem mostrar algumas fotos da juventude "rebelde", quando Mainardi quebra vidraças de bancos, durante uma greve, da qual nem participava: é apenas um arruaceiro. O entrevistado faz piadas preconceituosas, sobre o fato de a revista Veja tê-lo identificado como "Office-Boy de Rolex". Ou seja, ele próprio, o ideológo da revista, atesta como são construídas as falsas versões da Veja.

Cansado, Diogo reclama das oposições, que, segundo ele, foram brandas demais com o governo Lula. Reclama dos sindicatos e dos movimentos sociais, que não contestam o governo, "deixando-nos desarmados".

Diogo Mainardi apelando para os movimentos sociais? Realmente, a direita deve estar desesperada.

Um entrevista sem graça, cansada, reunindo dois companheiros de armas, depois da derrota, incompreendidos, ofendendo seus inimigos. Nem se deram ao trabalho de sugerir futuras batalhas. Entregaram os pontos de vez.

Para salvar a audiência, Mainardi foi logo trocado pelo coordenador do disque-denúncia do estado do Rio de Janeiro. Foi para falar das "denúncias" mais engraçadas.

A melhor de todas: uma senhora idosa que reclamava ser estuprada todos os dias pelo homem aranha.

É mais que um epílogo para o Mainardi: é o seu epitáfio.

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