Zé Dirceu não dá nome a seus inimigos, internos ou externos. Ele lança dúvidas sobre o caráter deles.
Não ataca Dilma ou Marta, mas diz que o PT não tem candidato a sucessão e que o melhor nome seria o de Ciro Gomes.
Na verdade, indiretamente, Zé Dirceu diz o que melhor nome seria o de outro Zé, o Zé Serra. Ele é o presidente dos sonhos de Zé Dirceu, embora, em suas noites menos inspiradas ele também sonhe com o Aécio Neves.
Tarso Genro não é nem mencionado. Zé Dirceu tenta atingi-lo através de seus aliados, Raul Pont e Olívio Dutra, relembrando uma velha acusação sobre o suposto uso de dinheiro de caixa 2 na construção da sede do PT em Porto Alegre.
É um recurso bem sujo na política. Ele menciona um suposto "escândalo" de vários anos atrás, faz algumas acusações - as malas de dinheiro! -, que, depois, esclarece que não são de sua autoria, que apenas citou a imprensa da época, que era um exemplo "ilustrativo".
No caso de Heloísa Helena, Zè Dirceu é ainda mais vil. Diz que ela votou contra a cassação de Luiz Estevão por motivos impublicáveis.
Deveria ser mais claro. Heloísa Helena tinha um caso com Luiz Estevão, o conhecia no sentido bíblico. E esse conhecimento a teria feito votar contra a cassação dele. Ainda que tal afirmação seja verdadeira - e acredito que seja -, ainda assim não deveria ser usada para desmerecê-la.
Se Heloísa Helena se apaixonou por um canalha e votou contra o PT, devemos compreender, pois o coração tem razões que a própria razão desconhece.
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