Não acredito em previsões, profecias, astrologia, padres ou psicanalistas. Mas no caso do Little Bush, vou abrir uma excessão. Esse sujeito deve ser, sem sombra de dúvidas, a besta do apocalipse. Ou algo do tipo.
Depois de transformar os Estados Unidos num estado policial, onde qualquer cidadão pode ter suas conversas monitoradas pelo governo; pode ser preso, sem ordem judicial, sob a acusação de "terrorismo", e permanecer preso, sem julgamento, por tempo indefinido.
Depois de levar a guerra ao Sudeste Asiático, ao Oriente Médio, à África, à Europa, o filho do demo conseguiu colocar a América do Sul em pé de guerra.
Tudo começou há alguns anos, quando foi lançado o famigerado "Plano Colombia", ainda durante o governo do porco do Bill. O objetivo do plano, que previa investimento de bilhões de dólares, era o combate ao narcotráfico.
Porém o gasto com armas, munições, treinamento, produtos químicos tóxicos para fumigar extensas áreas da Colombia (não importando os danos ao meio ambiente) era tão grande, tão absurdo, que seria mais simples o governo norte-americano comprar toda a produção de coca da Colômbia, pelo triplo do preço pagos pelos narcs.
Ainda assim seria mais barato.
Na verdade, o real objetivo do Plano Colômbia era aniquilar as FARC e o ELN, grupos guerrilheiros de esquerda que contam com mais de 20.000 homens armados e que colocavam em risco os interesses americanos na região.
Com a eleição de Hugo Chaves, Lula, Rafael Correa, Evo Morales, e outros, a Colômbia se tornou a única base confiável e segura para os interesses norte-americanos na região.
E desde a tentativa de golpe contra Hugo Chaves, a Colômbia é base de ações visando desestabilizar os governos da região.
Agora, quando as FARC libertaram vários reféns, e prometiam a liberdade para outros, Uribe lança um ataque contra um líder guerrilheiro que atuava como porta-voz do grupo, que encontrava-se em território do Equador - portanto, invadindo outro país.
O Equador, com base na convenção de Viena, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia, sendo apoiado pelo governo Venezuelano.
A direita brasileira, através de parlamentares demos e tucanos, exige que o governo Lula condene a "ingerência" de Hugo Chavez.
Alto lá!
O governo do Equador teve seu território atacado pelo exército colombiano. Mobilizou tropas para se defender e contou com apoio da Venezuela. Todos os protestos, de ambos os governos, por ora, se deram no campo diplomático.
Assim, por quê condenar justamente Chavez?
Por outro lado, o governo brasileiro se coloca como um dos únicos interlocutores respeitados pelas partes em conflito e, para que possa agir como intermediário, deve se manter o mais afastado possível dos argumentos das partes em litígio. E assim tem feito. Por enquanto, o Brasil apenas condenou o ataque da Colômbia ao Equador, assim como toda a comunidade internacional, pedindo que o governo Uribe peça desculpas a Rafael Correa.
Agiu corretamente, visando evitar uma guerra regional que teria consequências nefastas para a América do Sul.
Caso a ação brasileira não dê resultado, em razão dos interesses norte-americanos em pôr lenha na fogueira, o Brasil deve se colocar ao lado de Equador e Venezuela, contra a agressão Colombiana.
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Um comentário:
A Imprensa brasileira esta defendendo o governo Alvaro Uribe (Aliado de Bush), como parte do combate ao narcotráfico, mas a relação entre Uribe e o tráfico de drogas é bem diferente na realidade.
Sua família é historicamente ligaga a produção de cocaina, seu foi um grande aliado do Cartel de Medelin, foi morto pelas FARCs e sua morte profundamente lamentada por Pablo Escobar.
Escobar chamava Uribe filho de Alvarito.
O atual presidente iniciou na política alçado pelo trafico de drogas e ajudou Pablo Escobar a construir o seu império quando era diretor do departamento de aviação civil da Colômbia, naquela época, Uribe filho organizou e botou em funcionamento a rota aérea de transporte de cocaína para os EUA.
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