O jornal Cruzeiro do Sul, na edição do último sábado (05/07), publicou editorial intitulado "Julho começa com um 'bolsa eleição'". No referido artigo, há três argumentos básicos:
1. O reajuste nos pagamentos do Programa Bolsa Família é eleitoreiro.
2. As donas de casa, ouvidas pelo jornal, aprovam o reajuste, mas dizem que é insuficiente, ponto de vista aparentemente endossado pelo jornal, diante do aumento no preço dos alimentos nos últimos meses.
3. Por fim, o jornal diz que é mais importante combater a inflação do que reajustar o bolsa família, sendo que, segundo o jornal, o combate à inflação deveria se dar principalmente pelo controle dos gastos públicos.
Ora, o primeiro argumento invalida o segundo. O governo, com objetivos eleitoreiros, concedeu um aumento, que o jornal considera exagerado e as donas de casa consideram insuficiente. Ou seja, para ganhar votos, o governo concedeu um aumento que seria considerado insuficiente. Muito inteligente, não?
O jornal, ao propor a redução dos "gastos públicos" para controlar a inflação, se acovarda e não diz que "gastos públicos" seriam estes.
É claro que o governo pode - e deve - melhorar a gestão da máquina pública, reduzir o número de cargos de confiança, dentre outra iniciativas, que poderiam diminuir os "gastos públicos".
Por outro lado, precisamos que a polícia federal tenha sua capacidade de ação ampliada, que o exército seja modernizado; precisamos de mais universidades públicas, de mais escolas técnicas, mais hospitais, mais pesquisa científica. E, portanto, mais investimentos sociais. Ou "gastos públicos", como prefere o jornal da maçonaria.
Mais. Entre os "gastos públicos", está incluído o próprio Programa Bolsa Família. Que, para os economistas liberais, é dinheiro jogado fora, que só estimula ainda mais a "preguiça" natural dos pobres e, por via de regra, a inflação.
Ou seja: o jornal pretende parecer simpático, menciona as "donas de casa", supostamente procuradas pelo jornal, diz que o reajuste concedido pelo governo é pequeno, é só caridade eleitoreira, e, ao mesmo tempo, de forma enviesada, defende, na verdade, cortes no Programa Bolsa Família!
A acusação ao governo federal é cínica. Há eleições de dois em dois anos, e, nesses períodos, o governo não deve reajustar os programas sociais?
E quem faz essa afirmação parece não se importar que o governo municipal, tucano, inaugure a unidade pré-hospitalar da zona oeste nas vésperas das eleições?
O jornal também não se importa que a empresa responsável pela obra faça diversos anúncios na TV, beneficiando o prefeito.
O que faz com o que jornal pareça ter dois pesos e duas medidas?
1. O reajuste nos pagamentos do Programa Bolsa Família é eleitoreiro.
2. As donas de casa, ouvidas pelo jornal, aprovam o reajuste, mas dizem que é insuficiente, ponto de vista aparentemente endossado pelo jornal, diante do aumento no preço dos alimentos nos últimos meses.
3. Por fim, o jornal diz que é mais importante combater a inflação do que reajustar o bolsa família, sendo que, segundo o jornal, o combate à inflação deveria se dar principalmente pelo controle dos gastos públicos.
Ora, o primeiro argumento invalida o segundo. O governo, com objetivos eleitoreiros, concedeu um aumento, que o jornal considera exagerado e as donas de casa consideram insuficiente. Ou seja, para ganhar votos, o governo concedeu um aumento que seria considerado insuficiente. Muito inteligente, não?
O jornal, ao propor a redução dos "gastos públicos" para controlar a inflação, se acovarda e não diz que "gastos públicos" seriam estes.
É claro que o governo pode - e deve - melhorar a gestão da máquina pública, reduzir o número de cargos de confiança, dentre outra iniciativas, que poderiam diminuir os "gastos públicos".
Por outro lado, precisamos que a polícia federal tenha sua capacidade de ação ampliada, que o exército seja modernizado; precisamos de mais universidades públicas, de mais escolas técnicas, mais hospitais, mais pesquisa científica. E, portanto, mais investimentos sociais. Ou "gastos públicos", como prefere o jornal da maçonaria.
Mais. Entre os "gastos públicos", está incluído o próprio Programa Bolsa Família. Que, para os economistas liberais, é dinheiro jogado fora, que só estimula ainda mais a "preguiça" natural dos pobres e, por via de regra, a inflação.
Ou seja: o jornal pretende parecer simpático, menciona as "donas de casa", supostamente procuradas pelo jornal, diz que o reajuste concedido pelo governo é pequeno, é só caridade eleitoreira, e, ao mesmo tempo, de forma enviesada, defende, na verdade, cortes no Programa Bolsa Família!
A acusação ao governo federal é cínica. Há eleições de dois em dois anos, e, nesses períodos, o governo não deve reajustar os programas sociais?
E quem faz essa afirmação parece não se importar que o governo municipal, tucano, inaugure a unidade pré-hospitalar da zona oeste nas vésperas das eleições?
O jornal também não se importa que a empresa responsável pela obra faça diversos anúncios na TV, beneficiando o prefeito.
O que faz com o que jornal pareça ter dois pesos e duas medidas?
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