A classe média brasileira está mais confiante, compra mais e aumentou sua participação na População Economicamente Ativa (PEA) do País. É o que mostra o levantamento "A Nova Classe Média", divulgado hoje pelo pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O economista usou dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE para traçar um cenário mais aprofundado da atual classe média e seu desenvolvimento nos últimos seis anos. De acordo com Neri, aumentou de 44,19% para 51,89% a participação da classe média no total da PEA nas seis principais regiões metropolitanas do País.
A conclusão é: a classe média é, hoje, a maior parte da população.
Recomendo um pouco menos de entusiasmo ao tratar do assunto.
É inegavel o crescimento da renda das classes menos favorecidas desde o início do governo Lula. Essa é a conclusão lógica da pesquisa.
Segundo os parâmetros da Fundação Getúlio Vargas, a classe E leva em conta renda domiciliar total entre zero e R$ 768. A classe D, os chamados "remediados", tem renda domiciliar entre R$ 768 e R$ 1.064. A classe C, a chamada classe média, tem renda domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.591, enquanto a chamada elite, ou classes A e B, tem renda acima de R$ 4.591.
Há, portanto, um parâmetro central: a renda por domicílio, desconsiderando o número de moradores e outras considerações. Portanto, deve ser considerada com bastante cautela.
Levando em conta apenas o senso comum, é possível dizer que uma família de quatro pessoas com renda total de R$ 1.064 é "classe média"? Para a FGV é isso.
E comparando duas famílias, com mesma renda e mesmo número de pessoas, sendo que uma das famílias paga aluguel e a outra não? Considere, ainda, que a primeira família tem filhos em idade escolar. Ou uma pessoa com doença crônica (o custo dos medicamentos consome boa parte da renda familiar).
O próprio conceito de "classe média" ou de "remediados", do ponto de vista acadêmico, é vazio e pouco útil para pesquisadores.
Não quero, com isso, dizer que tais levantamentos são irrelevantes. Servem para mostrar o crescimento da renda das famílias. Isso é importante, até mesmo para orientar políticas públicas focadas no combate à pobreza.
Agora, a partir de dados tão relativos, concluir pela hegemonia de uma suposta classe média, é de uma ingenuidade sem tamanho. E pode levar muita gente bem intencionada a errar em suas avaliações e previsões.
Já os não tão bem intencionados serão levados a colocar em xeque a necessidade de programas sociais.
A conclusão é: a classe média é, hoje, a maior parte da população.
Recomendo um pouco menos de entusiasmo ao tratar do assunto.
É inegavel o crescimento da renda das classes menos favorecidas desde o início do governo Lula. Essa é a conclusão lógica da pesquisa.
Segundo os parâmetros da Fundação Getúlio Vargas, a classe E leva em conta renda domiciliar total entre zero e R$ 768. A classe D, os chamados "remediados", tem renda domiciliar entre R$ 768 e R$ 1.064. A classe C, a chamada classe média, tem renda domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.591, enquanto a chamada elite, ou classes A e B, tem renda acima de R$ 4.591.
Há, portanto, um parâmetro central: a renda por domicílio, desconsiderando o número de moradores e outras considerações. Portanto, deve ser considerada com bastante cautela.
Levando em conta apenas o senso comum, é possível dizer que uma família de quatro pessoas com renda total de R$ 1.064 é "classe média"? Para a FGV é isso.
E comparando duas famílias, com mesma renda e mesmo número de pessoas, sendo que uma das famílias paga aluguel e a outra não? Considere, ainda, que a primeira família tem filhos em idade escolar. Ou uma pessoa com doença crônica (o custo dos medicamentos consome boa parte da renda familiar).
O próprio conceito de "classe média" ou de "remediados", do ponto de vista acadêmico, é vazio e pouco útil para pesquisadores.
Não quero, com isso, dizer que tais levantamentos são irrelevantes. Servem para mostrar o crescimento da renda das famílias. Isso é importante, até mesmo para orientar políticas públicas focadas no combate à pobreza.
Agora, a partir de dados tão relativos, concluir pela hegemonia de uma suposta classe média, é de uma ingenuidade sem tamanho. E pode levar muita gente bem intencionada a errar em suas avaliações e previsões.
Já os não tão bem intencionados serão levados a colocar em xeque a necessidade de programas sociais.
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