Na Folha de São Paulo de domingo passado, Ferreira Gullar faz uma análise precisa dos fatos que culminaram no golpe de 1964, contrapondo-se à idéia de alguns estudiosos, defensores da tese do “contragolpe”, isto é, a iniciativa dos militares ocorreu para evitar um golpe às instituições democráticas, orquestrada por João Goulart (Jango).
Baseia-se, Gullar, para tanto, no testemunho do General Jarbas Passarinho, que justifica o golpe como a tentativa de impedir a instauração de um regime comunista em nosso país.
Chegar à conclusão de “contragolpe” significa tapar os olhos ao que estava ocorrendo no mundo, especialmente na América Latina. É esquecer-se da Guerra Fria, dos demais golpes militares que antecederam e sucederam o brasileiro.
A ditadura militar brasileira, além de impedir, autoritariamente, o pensamento progressista, que avançava em território nacional, tendo como prova, o apoio popular a Jango e suas reformas de base, possibilitou a consolidação do capitalismo, tal qual exigiam os financiadores golpistas estadunidenses, assassinando e torturando boa parte da esquerda brasileira.
Aceitar passivamente a tese do “contragolpe militar” é louvar a atitude destes mentecaptos torturadores, transferindo-os a idéia de heróis, grandes nacionalistas e democráticos.
Conversa mole!
Baseia-se, Gullar, para tanto, no testemunho do General Jarbas Passarinho, que justifica o golpe como a tentativa de impedir a instauração de um regime comunista em nosso país.
Chegar à conclusão de “contragolpe” significa tapar os olhos ao que estava ocorrendo no mundo, especialmente na América Latina. É esquecer-se da Guerra Fria, dos demais golpes militares que antecederam e sucederam o brasileiro.
A ditadura militar brasileira, além de impedir, autoritariamente, o pensamento progressista, que avançava em território nacional, tendo como prova, o apoio popular a Jango e suas reformas de base, possibilitou a consolidação do capitalismo, tal qual exigiam os financiadores golpistas estadunidenses, assassinando e torturando boa parte da esquerda brasileira.
Aceitar passivamente a tese do “contragolpe militar” é louvar a atitude destes mentecaptos torturadores, transferindo-os a idéia de heróis, grandes nacionalistas e democráticos.
Conversa mole!
2 comentários:
ferreira gullar é um daqueles que vivem do passado e adoram ser oposiçã, mesmo que na base do preconceito.
agora em julho escreveu um artigo na folha de serra http://arquivoetc.blogspot.com/2009/07/ferreira-gullar-um-modo-novo-de-encher.html
dentre as perólas contra o bolsa família, diz o poeta:
"... Inventaram-se os mais diversos modos de burlar as normas que o regem, chegando-se ao ponto de, quando o beneficiado pelo programa consegue um emprego, pede ao patrão que não lhe assine a carteira de trabalho, para que possa, assim, fazer de conta que continua desempregado..."
"... Um conhecido meu, que cria algumas cabeças de gado, contou-me que o vaqueiro de sua fazenda separou-se aparentemente da mulher (com quem tinha três filhos) para que ela pudesse receber a ajuda do Bolsa Família, como mãe solteira e sem emprego..."
"... Ao mesmo tempo, embora já tivesse decidido não ter mais filhos, além dos que já tinham, mudaram de ideia e passaram a ter um filho por ano, de modo que a filharada, de três já passou para sete, sem contar o novo que já está na barriga... "
...Esse procedimento se generaliza. Um médico que atende num hospital público aqui do Rio, declarou na televisão que uma jovem senhora, depois de sucessivos partos, teve que amarrar as trompas. Com medo de morrer, aceitou a sugestão do médico, mas lamentou: "É pena, porque vou perder os R$ 150 do Bolsa Família".
Ou seja, Ferreira gular é um poeta e não entende nada de política.
Foi perseguido porque a ditadura perseguia até quem tinha opção sexual diferente
Para quem não conhece as regras do bolsa família, explico:
O benefício é por família, e o máximo por família é R$ 182,00 (antes do aumento anunciado), independente do número de filhos.
Nenhuma família ganha nenhum centavo a mais se tiver mais de 3 filhos até 15 anos. O abono por filho até 15 anos é apenas R$ 20,00 para filho, limitado a três filhos.
Até 2 jovens destas famílias, de 15 a 17 anos, cursando escola, podem receber R$ 30,00 cada.
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