As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas.
Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável [Sabesp]: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.
Com a chuva que caiu ontem (16/12) sobre a Capital, os bairros que ainda estavam parcialmente alagados, tiveram mais inundações.
O rio Tietê possui quatro barragens dentro da cidade que impedem que a marginal seja alagada, só agora percebemos o custo das obras destinadas a "melhorar" o seu escoamento.
Foto:Garoto utiliza cavalo para passar pelas águas represadas do Jardim Romano, na zona leste (UOL Notícias)
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Um comentário:
Por que essa informação das inundações premeditadas em áreas pobres - por parte de empresas estatais e com fins de favorecimento da elite, pois a cidade não pode parar por produzir riquezas para ela - não são veículadas por toda mídia?, Creio que dessa forma ficaria mais fácil resolver os problemas das enchentes da região leste: Jd. Romano e região, onde tem uma comporta que não também não é aberta para que a população consiga sobreviver em meio a tanta desgraça. As autoridades teriam que por a cara para bater - devem ser denunciadas - e o povo poderia exigir providências, através da justica e dos canai legais. Por amor de Deus denunciem essa barbárie ou me informe como posso fazer isso.
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