O Brasil é uma grande democracia racial e social graças ao empenho de nossa burguesia ilustrada.
Durante a era FHC, diante da impossibilidade de se redistribuir a riqueza, nossas madames redistribuiram os títulos. A "empregada doméstica" passou a ser "secretária do lar". Continuou ganhando pouco, sem direitos trabalhistas, mas, pelo menos, tinha um título mais agradável.
Agora, face o perigo da reeleição do Sapo Barbudo, segundo cena presenciada por um amigo, uma certa madame conversava com sua "secretária do lar", para convencê-la a não votar em Lula e sim apoiar o Alquimista.
"- Minha filha, veja só. Antes, eu viajava para o exterior várias vezes. Este ano, apenas consegui dar um pulinho em Buenos Aires."
A secretária do lar, certamente, não mudou seu voto. Não se preocupa com as dificuldades turísticas de sua patroa.
É por isso que esse país não vai para a frente. Qualquer pobre e analfabeto, que vive às custas do Bolsa Família, pode votar, sem levar em conta as dificuldades das pessoas que lhe dão emprego.
Uma sugestão para o Alquimista (em 2010): Depois de fazer o caminho de Santiago de Compostela, apresentar um projeto de lei determinando que ou a pessoa tem direito a votar ou recebe o bolsa família. Os dois ao mesmo tempo não dá. Atrapalha a ordem natural das coisas.
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4 comentários:
muito bom esse texto!
é isto mesmo!!!
"Secretária do lar" é ótima. Um tucanismo por excelência.
Alckmin fazendo o caminho de Santiago de Compostela. A pé? Duvido muito.
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