23 janeiro, 2007

O Político e o Religioso

A ligação do político e do religioso ainda não deixou de nos perturbar. Em Sorocaba, a bancada evangélica na Câmara Municipal ocupa 5 cadeiras das 20 disponíveis. Espaços públicos importantes como à entrada da cidade faz menções a um proselitismo religioso que oprime a igualdade de condições dos credos, a liberdade individual e a afirmação do Estado laico.
Não se podem aceitar tais fatos como naturais ou demasiadamente sensíveis para se discutir e criticá-los. Com isso não queremos dizer que as sociedades democráticas não possam conviver com as religiões, ao contrário, elas podem ser muito favoráveis umas as outras. Mas para isso é preciso de parte a parte reconhecer que a sociedade política e a sociedade religiosa sendo por natureza essencialmente diferentes, não podem se regrar por princípios semelhantes.
A crescente incredulidade tanto da política como das inúmeras facções religiosas é também produto da ascensão dos líderes religiosos no sistema político. O conflito essencialmente surge quando o líder religioso propaga os princípios de sua tradição religiosa pretendendo lançar autoridade sobre o conjunto da sociedade, confundindo, assim, a função que deve ocupar no sistema de poderes.

6 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de sua publicação.Gostaria de saber qual foi o custo de placa(monetáriamente e políticamente)e quem vai pagar?O Povo?

Anônimo disse...

e isso ai primo, manda ver mesmo contra estes politicos que ficam gastando dinheiro publico com progapandas sem nexo,será que voltamos a epóca da inquisição,DEUS nos deixou o livre arbitrio, ou será que estes tal homens querem tambem mudar isto,peguem esta grana e revertam em cestas basicas, ja pensaram qtas familias poderiam ajudar

Anônimo disse...

Exatamente!
Eu voto em arrancar aquela plaquinha no início da cidade! =)

Anônimo disse...

É crente demais numa cidade só.

Anônimo disse...

Para que a liberdade de religião seja efetiva, em primeiro lugar devemos garantir que o estado seja absolutamente laico. Para que cada pessoa tenha condições de praticar sua religiosidade em particular.

De que adiante dizer que a cidade é de Jesus, ou colocar nas cédulas de dinheiro "acreditamos em Deus"? Se em nossa cidade convivemos com a miséria, a fome e a injustiça - praticados por uma maioria absoluta de cristãos.

Se Jesus voltar, ele mesmo derruda aquela placa eleitoreira na porrada. Como fez com os vendilhões do templo.

Anônimo disse...

Alguem sabe me dizer quem pagou por aqula placa, e não deveria ser proibido coloca-la ali naquela via pública?