No próximo ano teremos eleições municipais. Além de escolher um novo prefeito, os eleitores escolherão vinte iluminados que serão nossos vereadores e poderão desfrutar de ótimos salários, assessores e algumas outras pequenas mordomias. Tudo em nome do bem geral da coletividade e da democracia.
Mas como as pessoas escolhem seu candidato a vereador? O que faz com que elas votem em fulano e não em sicrano? As teorias são as mais diversas e muita gente ganha dinheiro fazendo essas teorias, vendendo idéias de campanha e soluções de marketing infalíveis.
O senso comum diz que o candidato deve ser uma pessoa simpática, ajudar as pessoas e estar sempre disponível. Em resumo, fingir muito. Como o pessoal do Big Brother.
Para conseguir isso, os futuros candidatos se dedicam, muito antes da eleição, a freqüentar casamentos, batizados, velórios, festas juninas, missas, cultos, jogos da várzea e toda e qualquer aglomeração de eleitores.
Alguns exageram. Além dos matrimônios tradicionais, participam de casamentos de bonecas. Se necessário, celebram tais casamentos. E depois fazem o divórcio e a partilha dos bens entre o Ken e a Barbie.
São padrinhos de batismo de passarinhos e peixes de aquário. Vão a enterros de gatos e cachorros. Fazem discursos fúnebres magníficos ao lado da cova dos bichanos.
Mas o que mais impressiona nesses candidatos é a fé. Vão a missas, cultos, centros espíritas, terreiros de umbanda. Benzem, curam e fazem exorcismos. Se necessário for, enfrentam o capeta a tapa.
Dessa forma, tenho certeza de que continuaremos muito bem representados na Câmara de Vereadores.
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