30 abril, 2009
Dois cus
Fazer filho é muito bom
Mesa farta, casa grande
Bucho cheio: vem neném.
Mas se a comida é escassa
E tem bolso sem vintém
Todo mundo faz pirraça
Com razão fica ninguém.
Digo isso sem mordaça
Ouça bem sem preconceito
Pra que não caia em desgraça
E despenque o parapeito
Vida é boa e é bem fácil
É só conhecer o atalho
Seja atento, sempre ágil
Fique esperto no seu galho
Escute a prosa de um jacu
Pense bem quem tem um cu
Medo é bom até em tatu
Quem tem filho tem dois cus
(parida de frase soprada por Roberto Lima: "quem tem cu tem medo. quem tem filho tem dois cus") - blog do Glauber Piva
No Blog do Ze Dirceu
"Acredito que precisamos avaliar a partir da última assembléia os pontos que foram muito criticados pelos movimentos de juventude. O principal deles é o acesso à assembléia de eleição. Ir a Brasília tem um custo alto para os membros das organizações juvenis. Temos que criar mecanismos de garantir a participação dos jovens que tem vontade política de participar do conselho. Acredito que a falta de institucionalidade não deve ser uma restrição a participação dos movimentos.".
A carta não publicada
Senhor Jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva
Ombudsmann da Folha de São Paulo,
1. Em 30/03/2009, a jornalista Fernanda Odilla entrevistou-me, por telefone, a pedido do chefe de redação da Folha de São Paulo, em Brasília, Melchíades Filho, acerca das minhas atividades na resistência à ditadura militar.
2. Naquela ocasião ela me informou que para a realização da matéria jornalística, que foi publicada dia 05/04/09, tinha estado no Superior Tribunal Militar – STM. No entanto, eu soube posteriormente que, com o argumento de pesquisar sobre o Sr. Antonio Espinosa, do qual detinha autorização expressa para tal , aproveitara a oportunidade e pesquisara informações sobre os meus processos, retirando cópias de documentos que diziam respeito exclusivamente a mim, sem a minha devida autorização
3. A repórter esteve também no Arquivo Público de São Paulo, onde requereu pesquisa nos documentos e processos que me mencionavam, relativos ao período em que militei na resistência à ditadura militar. Neste caso, é política do Arquivo de São Paulo disponibilizar livremente todos os dados arquivados e, em caso de fotocópia, autenticar a cópia no verso com os dizeres “confere com o original”, com a data e a assinatura do funcionário responsável pela liberação do documento.
4. Os documentos pesquisados pela jornalista foram aqueles relativos ao Prontuário nº 76.346 e as OSs 0975 e 0029, sendo também solicitadas extrações de cópias.
5. Apesar da minha negativa durante a entrevista telefônica de 30/03 sobre minha participação ou meu conhecimento do suposto seqüestro de Delfim Neto, a matéria publicada tinha como título de capa “Grupo de Dilma planejou seqüestro do Delfim”. O título, que não levou em consideração a minha veemente negativa, tem características de “factóide”, uma vez que o fato, que teria se dado há 40 anos, simplesmente não ocorreu. Tal procedimento não parece ser o padrão da Folha de São Paulo.
6. O mais grave é que o jornal Folha de São Paulo estampou na página A10, acompanhando o texto da reportagem, uma ficha policial falsa sobre mim. Essa falsificação circula pelo menos desde 30 de novembro do ano passado na internet, postada no site www.ternuma.com.br (“terrorismo nunca mais”), atribuindo-me diversas ações que não cometi e pelas quais nunca respondi, nem nos constantes interrogatórios, nem nas sessões de tortura a que fui submetida quando fui presa pela ditadura. Registre-se também que nunca fui denunciada ou processada pelos atos mencionados na ficha falsa.
7. Após a publicação, questionei por inúmeras vezes a Folha de São Paulo sobre a origem de tal ficha, especificamente o Sr. Melchiades Filho, diretor da sucursal de Brasília. Ele me informou que a jornalista Fernanda Odilla havia obtido a cópia da ficha em processo arquivado no DEOPS – Arquivo Público de São Paulo. Ficou de enviar-me a prova.
8. Como isso não aconteceu, solicitei formalmente os documentos sob a guarda do Arquivo Público de São Paulo que dizem respeito a minha pessoa e, em especial, cópia da referida ficha. Na pesquisa, não foi encontrada qualquer ficha com o rol de ações como a publicada na edição de 05/04/2009. Cabe destacar que os assaltos e ações armadas que constam da ficha veiculada pela Folha de São Paulo foram de responsabilidade de organizações revolucionárias nas quais não militei. Além disso, elas ocorreram em São Paulo em datas em que eu morava em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Ressalte-se que todas essas ações foram objeto de processos judiciais nos quais não fui indiciada e, portanto, não sofri qualquer condenação. Repito, sequer fui interrogada, sob tortura ou não, sobre aqueles fatos.
9. Mais estranho ainda é que a legenda da ficha publicada pela Folha dizia: “Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu”. Ora, se a Folha sabia que os chamados crimes atribuídos a mim não foram por mim cometidos, por que publicar a ficha? Se optasse pela publicação, como ocorreu, por que não informar ao leitor de onde vinha a certeza da falsidade? Se esta certeza decorria de investigações específicas realizadas pela Folha, por que não informar ao leitor os fatos?
10. O Arquivo Público de São Paulo também disponibilizou cópia do termo de compromisso assinado pela jornalista quando de sua pesquisa, ficando evidente que a repórter não teve acesso a nenhum processo que tivesse qualquer ficha igual à publicada no jornal.
11. Mais ainda: a referida não existe em nenhum dos arquivos pesquisados pela jornalista, seja o STM, seja o Arquivo Público de São Paulo. O fato é que até o momento a Folha de São Paulo não conseguiu demonstrar efetivamente a origem do documento.
12. Considero ainda que a matéria publicada na sexta-feira,17 de março, em que a Folha relata as minhas declarações ao jornalista Eduardo Costa, da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, não esclarece o cerne da questão sobre a responsabilidade do jornal no lamentável e até agora estranho episódio: de onde veio a ficha que afirmo ser falsa?
13. Após 21 dias de espera, não acredito ser necessária uma grande investigação para responder à seguintes questões: em que órgão público a Folha de São Paulo obteve a ficha falsa? A quem interessa essa manipulação? Parece-me óbvio que a certeza sobre a origem de documentos publicados como oficiais é um pré-requisito para qualquer publicação responsável.
14. Transcrevo abaixo o texto literal do termo de responsabilidade assinado pela jornalista em 22/01/09:
“Declaro, para todos os fins de Direito, assumir plena e exclusiva responsabilidade, no âmbito civil e criminal, por quaisquer danos morais ou materiais que possa causar a terceiros a divulgação de informações contidas em documentos por mim examinados e a que eu tenha dado causa. Ficam, portanto, o Governo do Estado de São Paulo e o Arquivo do Estado de São Paulo exonerados de qualquer responsabilidade relativa a esta minha solicitação.
Declaro, ainda, estar ciente da legislação em vigor atinente ao uso de documentos públicos, em especial com relação aos artigos 138 e 145 (calúnia, injúria e difamação) do Código Penal Brasileiro.
Assumo, finalmente, o compromisso de citar a fonte dos documentos (Arquivo do Estado de São Paulo) nos casos de divulgação por qualquer meio (imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, internet, livros, teses, etc).” (Cópia em anexo)
15. Por último, cabe deixar claro que a ficha falsa foi divulgada em vários sites de extrema direita, como: a) Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), blog de apoio ao Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, ficha falsa postada em 30 de novembro de 2008; b) Coturno Noturno – Blog do Coronel: ficha falsa postada em 27 de março de 2009 (a ficha está “atualizada” apresentando uma foto atual) (http://coturnonoturno.blogspot.com/2009/04/desta-parte-dilma-lembra-tudo.html). A partir daí, outros sites na internet também divulgaram a ficha: a) http://fórum.hardmob.com.Br/showthread.php; b) http:/www.viomundo.com.Br/blog/dilma-terrorista/
16. Estou anexando a este memorial cópia de alguns documentos que considero importantes para sua avaliação:
➢ Termo de responsabilidade assinado pela jornalista no Arquivo de SP;
➢ Cópia de fichas onde consta a foto (ou idêntica) à utilizada para montagem da ficha usada pela Folha de São Paulo
➢ Cópia da solicitação da jornalista Fernanda Odilla ao STM de acesso a informações sobre Antonio Espinosa
➢ Autorização do Sr. Antonio Espinosa para acesso aos seus documentos
➢ Termo de Compromisso assinado pela jornalista Fernanda Odilla junto ao STM.
divulgada por Luis Nassif
29 abril, 2009
Repórter da Folha tinha acesso a ações do Dops
Ramos fazia plantão no Dops, à espera de notícias sobre captura de militantes da luta armada. Tinha acesso ao transporte de presos políticos — invariavelmente em peruas do Grupo Folha, que serviam como fachada para diligências da Oban (Operação Bandeirantes). Mesmo se apresentando aos presos como jornalista, estimulava-os “a abrir a boca para os torturadores”.
“Ele era o setorista da Folha dentro do Dops — aliás, o único setorista aceito — e me disse que sabia o que podia acontecer comigo. Então ele chegou até mim e disse: ‘Acho melhor você falar’”, lembra o jornalista e escritor Rui Veiga, ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional). “Ele praticamente iniciou o meu processo de tortura”, agrega o ex-preso político, em depoimento exclusivo ao Vermelho.
O Dops, no período, tinha na linha de frente o delegado Sérgio Paranho Fleury, ex-líder do Esquadrão da Morte e um dos torturadores mais frios e truculentos do regime. “Para me pressionar, ele (José Ramos) dizia: “Quem vai te pegar é o Fleury”, conta Veiga.
fonte: Vermelho.org
Ai jaz o Neoliberalismo. Miriam, descanse em paz!
O CitiBank do Brasil deve ser comprado por um banco estatal brasileiro;
O governo dos EUA vai assumir o controle da GM;
Se o governo não assumir, a GM do Brasil poderá ser vendida;
Agora, é pior ainda: o sindicato vai assumir a Chrysler;
Ao saber das novidade, Miriam Leitão cortou nesta manhã.
27 abril, 2009
A Globo não é solidária nem no câncer
Na edição online: “Dilma anuncia tratamento contra câncer”.
Dilma Rousseff não tem câncer.
Teve.
O câncer na fase 1A foi TOTALMENTE extirpado.
Ela faz agora quimioterapia preventiva.
Será um tratamento breve, de quatro meses.
Ela não precisará cancelar qualquer atividade profissional ou política.
A chance de Rousseff ter outro câncer é igual à dos redatores de manchete do Globo.
A chance de este câncer se curar é de 90%.
É assim que começa a campanha da eleição de 2010, que Dilma vencerá Serra no primeiro turno.
Quem disse que o “câncer” de Dilma “abalará” a candidatura dela ? E se reforçar ?
Começou, primeiro, com a fraude da Folha (*), que associou Dilma a um sequestro que não houve.
Depois, a Folha noticiou, com erro, uma doença sem fonte conhecida, na primeira página.
Agora, o Globo manipula a informação dos médicos.
Dilma não TEM; TEVE câncer.
Quem tem câncer é o PiG, com a metástase denominada Daniel Dantas.
O francês François Mitterrand lutou contra um câncer de próstata desde o início de seu primeiro mandato, em 1981.
Foi eleito duas vezes, em mandatos de sete anos, e concluiu o mandato em 95.
Com câncer.
Morreu do câncer na próstata, fora do poder.
Ronald Reagan tirou um câncer de próstata em 1966.
Elegeu-se presidente dos Estados Unidos em 1981.
No poder, em 1987, tirou um câncer de pele da ponta do nariz.
Morreu de Alzheimer, fora do poder.
fonte: Conversa Afiada
25 abril, 2009
Paulo Teixeira fala sobre habitação ao Palavra Aberta
Eles dobram por ti!
22 abril, 2009
Saia à rua Minístro Gilmar, saia à rua...
Saia à rua Ministro Gilmar, saia à rua [...] vossa excelência não está na rua não, está na mídia destruindo a credibilidade do judiciário brasileiro.
Leia no Opinião Socialista, assalto frustrado a um salão de beleza, na Rússia, termina no estupro do assaltante pela cabeleireira. A mulher que tinha noções de artes marciais, usou como arma um secador de cabelos e alguns comprimidos de Viagra. O assaltante, abusado dezenas de vezes, foi parar num hospital.
Lula está construindo um gigante regional único, diz 'Newsweek'
"Contando com a cobertura da proteção de segurança americana, e um hemisfério sem nenhum inimigo crível, o Brasil tem ficado livre para utilizar sua vasta vantagem econômica de seu tamanho dentro da América do Sul para auxiliar, influenciar ou cooptar vizinhos, ao mesmo tempo conseguindo conter seu rival regional problemático, a Venezuela", afirma o artigo.
Segundo a revista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "preside uma superpotência astuta como nenhum outro gigante emergente".
O artigo foi publicado menos de um mês após Lula ter aparecido na capa da Newsweek, com uma entrevista exclusiva à revista após seu encontro com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.
Poderio militar
A Newsweek observa em seu último artigo que enquanto outros países emergentes e mesmo os Estados Unidos contam com seu poderio militar como forma de afirmação, o Brasil "expressou suas ambições internacionais sem agitar um sabre".
A revista observa que quando há algum conflito na região, o Brasil envia "diplomatas e advogados para as zonas quentes ao invés de flotilhas ou tanques".
O artigo também comenta que o Brasil tem se tornado uma voz mais assertiva para os países emergentes nos temas internacionais, contestando por exemplo os subsídios agrícolas dos países ricos.
"Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil. Apesar de ter começado sua carreira política na esquerda, Lula surpreendeu os investidores nacionais e estrangeiros ao preservar as políticas amigáveis ao mercado de Fernando Henrique Cardoso internamente, para a frustração dos militantes de seu Partido dos Trabalhadores. Para a esquerda, ele ofereceu uma política externa vitaminada", diz a Newsweek.
Influência americana
A revista diz que os esforços brasileiros advêm da estratégia "não-declarada" de se contrapor à influência dos Estados Unidos e de dissipar as expectativas de que exerça um papel de representante de Washington", mas que nem por isso o país embarcou na "revolução bolivariana".
"Pelo contrário, Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros", diz o artigo. "No fim das contas, o poder do Brasil vem não de armas, mas de seu imenso estoque de recursos, incluindo petróleo e gás, metais, soja e carne."
A revista afirma que isso também tem servido para conter a Venezuela e que a provável aprovação próxima da entrada do país de Hugo Chávez ao Mercosul não é "um endosso aos desejos imperiais de Chávez, mas uma forma de contê-lo por meio das obrigações do bloco comercial, como o respeito à democracia e a proteção à propriedade".
"Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual", conclui a Newsweek.
fonte: BBC-Brasil
O drama das socialites
Fui pega de supetão nessa história. Me sinto como se um copo de vinho tivesse caído sobre mim e manchado minha roupa. Não pude me defender nem do copo, nem do vinho. (Magda Cunha Koenigkan)
Um charme, só uma pessoa de classe diria isto, nem Rute foi capaz.
A Sra. Magda é viúva de Marcelo Cavalcante, representante do governo de Yeda Crusius, envolvido no escândalo de desvio de dinheiro do Detran gaúcho para a campanha do PSDB.
Ao que tudo indica Cavalcante morreu vítima de uma queima de arquivo, ele descobriu que o dinheiro desviado para a campanha foi re-desviado.
20 abril, 2009
19 abril, 2009
Lippi corta 2 milhões do orçamento habitacional de Sorocaba
O prefeito de Votorantim, Carlos Pivetta (PT), pretende resolver o déficit habitacional do município que se estima por volta de 8 mil famílias, que será confirmado pelo censo habitacional, a ser realizado nos próximos meses.
O segundo maior corte foi de 1,8 milhões para o Futuro Parque Tecnológico, ou melhor, Ex-futuro Parque Tecnológico de Sorocaba.
As medidas tomadas pelo prefeito de Sorocaba são velhas conhecidas da população paulista, chamadas de choque de gestão e estelionato eleitoral, juntas formam o Modo Tucano de Governar.
A velha paineira do Terminal Santo Antônio
Não sei se foi um erro ou ironia do editor do portal Viva Cidade, mas a fotografia apresentada como sendo da paineira é, na verdade, de uma pequena árvore do canteiro central da avenida Afonso Vergueiro.
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A fotografia da paineira cortada foi feita por Demis Lima e publicada em seu blog Fazendo Parte.
17 abril, 2009
Quem paga a conta da crise na Casa Grande?
Ao final, os tucanos dizem ser isso o tal “choque de gestão”. Diminuem o tamanho do estado e entregam em contrapartida algo esteticamente bonito, mas do ponto de vista prático, de menor importância. Há nessa conduta algo muito semelhante ao malufismo, mas com roupinha da moda.
No entanto, quando surgem pedras no caminho é que se espera que uma administração tenha capacidade de superá-las e ao que parece o governo Vitor Lippi está longe disso.
PSDB e PT polarizam a discussão sobre duas formas de governar e de enfrentar a crise econômica. De um lado, o governo Lula segue uma lógica bastante simples, qual seja, busca a todo tempo diminuir sua dependência das grandes potências, deixando no passado as temidas siglas FMI e ALCA, apostando na distribuição de renda como mola propulsora da economia interna e agindo como indutor do desenvolvimento nacional.
Não por acaso, as duas maiores marcas do governo Lula são o Bolsa Família e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O primeiro teve o mérito de num só movimento garantir a dignidade dos brasileiros mais afetados pela miséria e promover o aquecimento da economia com uma volumosa injeção de recursos a milhões de famílias que passaram a integrar o mercado de consumo. A partir desse primeiro movimento da roda da economia, toda a cadeia produtiva se aqueceu.
Já o PAC tem permitido ao país se preparar para um longo período de crescimento. Sem o risco dos apagões da era tucana, já que reúne um extraordinário pacote de medidas e obras estruturais tão necessárias ao desenvolvimento.
Por conta de tal postura, o Brasil tem sofrido hoje muito menos com a crise internacional do que sofreu em crises anteriores. E mais, o enfrentamento tem sido ousado. O governo Lula lançou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que pretende construir um milhão de novas moradias em todo o país, diminuindo o déficit habitacional e gerando mais de três milhões de novos empregos. Garantiu ainda os investimentos nas áreas sociais, ampliando-os inclusive, além de manter os aumentos do salário mínimo e os reajustes de servidores.
E qual a postura do PSDB no enfrentamento a crise? Bem, a princípio é preciso esclarecer que os pais dessa crise tem nos tucanos o seu parentesco brasileiro. A cartilha que seguem é a mesma.
O governador Serra já avisou que não aumentará salário de servidor, chamou Lula de irresponsável por fazê-lo, uma boa amostra do que se pode esperar.
Em Sorocaba, o prefeito Vitor Lippi anunciou que cortará drasticamente os investimentos, adiou as discussões sobre a data-base do funcionalismo e tem dito que pode até demitir.
É bom lembrar que nenhuma ação concreta foi tomada pelo governo municipal para amparar as famílias daqueles que, por conta da crise, perderam seus empregos este ano. Até mesmo os pedidos de isenção de impostos municipais permitidos pela Lei Orgânica têm caído no esquecimento do poder público. Segundo noticiado na imprensa local, idosos que pediram isenção de IPTU aguardam resposta há três anos. Enquanto isso, empresas pertencentes a parentes de Secretário recebem tal benefício.
O governo Vitor Lippi é composto em sua maioria por tecnocratas que desconhecem a pobreza, o desemprego e a luta pela sobrevivência. Por isso quando se depara com uma crise usa a lógica de um empresário que vê seus lucros diminuírem: cortar na carne dos outros para que a dele próprio não sofra qualquer arranhão.
Além de injusta, essa lógica é burra. Não percebe que quanto menor o volume de recursos em circulação no município, menor a sua arrecadação.
Lamentavelmente, em Sorocaba tem sido assim, aos amigos da “Casa Grande”, isenção de impostos, tolerância a pequenos atos imorais entre membros do governo e empresas, socorro financeiro a empresa de transporte que descumpre obrigações. Aos restritos à “Senzala”, nada.
Paulo Henrique Soranz
Presidente PT Sorocaba
UM "PAC" COM A DILMA
Cordel de Miguelzim de Princesa, direto do Cariri.
I- Quando vi Dilma Roussef
Sair na televisão
Com o rosto renovado
Após uma operação
Senti que o poder transforma:
Avestruz vira pavão.
II- Repente ela virou
Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem
Começam a soltar psiu
Pensando em 2010
E em bilhões que ela pariu.
III- A mulher que era emburrada
Anda agora sorridente
Acenando para o povo
Alegre mostrando o dente
E os baba-ovos gritando:
É Dilma pra presidente!
IV- Mas eu sei que o olho grande
Está mesmo é nos bilhões
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições
E mandou Dilma gastar
Sobretudo nos grotões.
V- Senadores garanhões
Sedutores de donzelas
E deputados gulosos
Caçadores de gazelas
Enjoaram das modelos
Só querem casar com ela.
VI- Também quero uma lasquinha,
Um pedaço de poder,
Quero olhar nos olhos dela
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela
Mulher nenhuma há de ser.
VII- Eu já vi um deputado
Dizendo no Cariri
Que Dilma é linda e charmosa,
Igual não existe aqui,
E é capaz de ser mais bela
Que a Angelina Jolie,
VIII- Diz que pisa devagar,
Que tem jeito angelical
Nunca gritou com ninguém
Nem fez assédio moral,
Nem correu atrás de gente
Com um pedaço de pau...
IX- Dilma superpoderosa:
8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser
Da forma que ela mandar!
(Sem contar com o milhão
Do cofre do Adhemar.)
X- Estou com ela e não abro:
Viro abridor de cancela
Topo matar jararaca
Apago fogo em goela
Para no ano vindouro...
Fazer...um PAC com ela".
Um Novo Laxante no Mercado
Sinopse:
Um dos livros mais aguardados do ano, traz reflexões sobre temas contemporâneos de grande interesse. O medo da morte, da solidão, do fracasso, da inveja, do envelhecimento, das paixões, da falta de sentido da vida. No formato de cartas entre dois grandes amigos, tais temas são tratados com sensibilidade pelos jovens autores mais celebrados do momento, duas lideranças incontestáveis das novas gerações: Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo. O livro resgata os valores do humanismo ao mesmo tempo que celebra a amizade de duas personalidades apaixonadas por filosofia, literatura e poesia.
(site Saraiva)
Chalita tem em seu currículo um casamento com Mírian Leitão, conseguiu piorar a educação no estado de São Paulo, tem obras publicadas que tratam de temas relevantes como o elefantinho chorão, a gata mimada e a égua charmosa.
15 abril, 2009
O Brasil não é para principiantes
a independência ante Portugal foi proclamada por um português,
a República foi proclamada por um monarquista,
o mais radical movimento igualitário foi liderado por um pregador moralizante e religioso,
a Revolução Burguesa foi feita pelas oligarquias,
a eleição republicana-moderna (1930) teve sufrágio mais restrito que a eleição monárquica-imperial (1821),
o mais ilustre gesto de um presidente foi um suicídio,
o racismo é encoberto por um termo ('democracia racial') inaugurado em público pelo maior líder do movimento negro,
A subvenção pública e a estatização floresceram na ditadura de direita,
a redemocratização foi presidida por um homem da própria ditadura,
a discriminação racial é mais visivelmente proibida justo no lugar onde ela mais obviamente se manifesta,
só se removeu por corrupção o presidente cuja única plataforma eleitoral era varrê-la,
a maior privatização foi feita pelo príncipe da sociologia terceiromundista e esquerdizante,
a universalização do capitalismo e o auge dos lucros bancários se dão sob o líder sindical que fundou um partido socialista e numa Praça Tiradentes não há uma estátua de Tiradentes, mas de D. Pedro I, neto da Dona Maria que ordenara a morte do alferes.
Essa incongruência não diz algo sobre o que somos?
fonte: O biscoito fino e a massa
14 abril, 2009
Educação em São Paulo e "professoras simpáticas"
O governo José Serra (PSDB) mantém 580 escolas com quarta série na capital paulista; 632 têm sexta; 619, oitava; e 588, ensino médio (antigo colegial). Os dados estão presentes no Saresp, exame anual aplicado pelo Estado, cujos resultados foram divulgados na semana passada.
A secretaria espera que na quarta série os alunos consigam, por exemplo, compreender a moral de uma fábula ou resolver problemas matemáticos que envolvam centavos. A pasta reconhece que há problemas na qualidade do ensino, mas afirma que tem havido avanços. Cita, por exemplo, a melhora do desempenho em matemática. Em língua portuguesa, porém, houve queda na maioria das séries.
Ontem, durante a posse do novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza, Serra afirmou que, “em questão de prédios, de merenda, de transporte, a situação é de boa para excelente. As professoras são muito simpáticas, e os alunos têm vontade de aprender. Mas isso não está acontecendo.”
Já o novo secretário da Educação afirmou que “os resultados estão melhorando. O problema é que muitas vezes espera-se grandes mudanças em pouco tempo.”
O presidente da Udemo (entidade que representa os diretores de escolas), Luiz Gonzaga Pinto, afirmou que “é preciso uma mudança na estrutura da escola pública”. Ele diz que os principais pontos são fixar o professor em uma escola e pagar melhores salários. “É preciso uma política para entusiasmar o pessoal”.
Para ele, o pagamento do bônus por desempenho foi um “desastre”. “Cerca de 30% dos educadores não vão receber nada e ficaram muito desanimados. Outros estão em escolas com boas notas, mas vão ganhar menos do que em outras com piores desempenhos.” O mecanismo criado pelo governo prioriza as unidades que melhoraram em um ano, não necessariamente as que têm os melhores desempenhos.
fonte: FSP
Se os prédios, o transporte e a merenda são excelentes, as professoras são "simpáticas" e os alunos tem muita vontade de aprender, qual a razão de resultados tão desastrosos?
Paulo Renato, o novo secretário, quer mais tempo. Mais tempo!?!? O PSDB governa São Paulo há quase quinze anos! Se os tucanos conseguirem mais quinze anos no poder, voltaremos para a idade da pedra lascada.
12 abril, 2009
"A partir do momento em que se obriga a todos os filhos de políticos a se inscreverem em escolas públicas, esta possibilidade de conhecimento de novas formas de ensino e aprendizagem que os filhos de políticos teriam em escolas particulares, ficaria cerceada."
10 abril, 2009
Serra nomeia assaltante para a Casa Civil de São Paulo
O advogado paulista Aloysio Nunes Ferreira Filho, de 64 anos, podia estar roubando, podia estar matando. Mas, não.
Atualmente, ele é o secretário da Casa Civil do governo tucano de José Serra. Ferreira já foi presidente de centro acadêmico, já foi deputado estadual, já foi deputado federal, já foi vice-governador. Já foi até ministro de estado. O que poucos recordam - e, quem sabe, a Folha de S.Paulo destaque sua repórter Fernanda Odilla para "investigar" o caso - é que o brioso elemento, outrora conhecido pelo cognome "Mateus", um dia empunhou um tresoitão para ajudar a surrupiar a assombrosa quantia de NCr$ 108 milhões da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, dinheiro que seria ultilizado no pagamento dos salários dos ferroviários. O memorável assalto (ou "expropriação") ao trem-pagador deu-se no dia 10 de agosto de 1968.
Segundo relatos da imprensa da época, a ação foi fulminante e sem que houvesse sido disparado qualquer tiro. Aloysio era o motorista do Fusca no qual os assaltantes deram o pira com os malotes cheios da grana. Essa, porém, não fora a primeira ação espetacular do braço direito de José Serra. No mesmo ano, ele partipara do assalto ao carro-pagador da Massey-Fergusson, interceptando uma perua Rural Willys da empresa em plena praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.
Ferreira participou destes eventos na condição de guerrilheiro da recém-nascida Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização dos líderes comunistas Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo. Sabe-se que, após o estrepitoso assalto ao trem, Aloysio escafedeu-se para Paris, onde, dizem, desfrutou de um "exílio de caviar", ao lado do sociólogo da USP Fernando Henrique Cardoso. Após sua volta ao Brasil, em 1979, ingressou no MDB e iniciou sua trajetória política dentro da legalidade.
A despeito da relativa importância de "Mateus" na guerra contra a ditadura, este Cloaca News não pretende desdourar o passado de lutas do atual secretário tucano. Pelo contrário. Apenas ficaremos aguardando que sua heróica biografia seja brindada, com detalhes, aos leitores da Folha de S.Paulo com a mesma pompa e relevância com que foram exumados os episódios envolvendo a Ministra Dilma Rousseff.
fonte: Cloaca News - As últimas do jornalismo de esgoto
A Folha terá interesse em resgatar também o passado deste brasileiro que decidiu participar da resistência armada à ditadura militar? Ou suas atribuições atuais na Casa Civil do governo tucano de São Paulo inviabilizam essa pauta?
Nota: A trajetória de Aloysio Nunes Ferreira Filho na resistência ao regime de exceção da ditadura militar honra aqueles que defendem a legitimidade própria aos regimes democráticos.
09 abril, 2009
PEC da Moradia Digna é aprovada na CCJ
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou na terça-feira (7), a Proposta de Emenda Constitucional 285, que dá garantia permanente de recurso para habitação de interesse social.
08 abril, 2009
100 dias de um governo pífio
Eis que nossas avaliações mais pessimistas se concretizaram, o prefeito de Sorocaba tem se mostrado inoperante e completamente envolto num emaranhado de confusões criadas por ele próprio, quando optou por alianças extremamente complicadas no período eleitoral.
Mesmo antes das eleições de outubro passado alertávamos sobre as dificuldades que um eventual segundo mandato de Lippi enfrentaria, sobretudo por dois aspectos: o fato de uma vitória com larga vantagem, como se desenhava, carregar consigo um imenso risco de que a linha de frente do governo se deixasse envolver pela vaidade e pelo excesso de confiança, riscos comuns e venenosos a qualquer segundo mandato, e as dificuldades anunciadas pelos acordos estabelecidos na construção da aliança eleitoral, época em que assumiu uma série de compromissos que agora não consegue cumprir.
Os problemas criados vieram a público e o prefeito de Sorocaba não faz outra coisa nesses últimos três meses, a não ser tentar se explicar para a população que o reelegeu.
O resultado disso tudo é que já temos cem dias de inoperância. Houve a demissão de um secretário municipal e outros dois têm suas condutas questionadas. Denúncias de irregularidades surgem todos os dias e o serviço público tem apresentado acentuada piora, com destaque para a área de saúde onde três médicos sofreram agressões dentro das unidades básicas da cidade.
A cidade de Sorocaba tem crescido em ritmo acelerado e apresenta demandas bastante complexas. Há sério déficit habitacional, problemas estruturais na área de saúde, necessidade de aumento expressivo na oferta de vagas em creches, um trânsito cada vez mais complexo, dentre tantas outras características.
Esperar que o governo municipal vá além de simplesmente gerenciar o que aí está é o mínimo. O PT continuará cobrando firmemente uma postura mais ativa do prefeito Vitor Lippi, como o fez nestes primeiros cem dias.
Paulo Henrique Soranz
Presidente PT Sorocaba
07 abril, 2009
A volta do apito do trem de ferro: a rede ferroviária dentro do perímetros urbano
Até 2011 serão entregues mais 9 mil km de ferrovias em todo o país.
Nas cidades
Quem mora próximo às linhas de trêm nas cidades, havia já se acostumado com o desaparecimento dos apitos e dos tremores que a passagem das composições causavam as vidraças de suas casas, mas aquele silêncio denunciava uma triste situação, a completa desarticulação das forças produtivas do país, toda a rede elétrica foi desmontada e as locomotivas que não funcionavam a diesel foram abandonadas. Hoje, o apito é cada vez mais constante, ainda que sua volta seja tímida.
Em Sorocaba
Em muitas cidade, a passagem das ferrovias dentro da mancha urbana tem se transformado num grande incômodo, haja visto, as constantes reclamações de moradores das proximidades da linha, em Sorocaba, feitas contra a empresa ALL Logística que administra a antiga Sorocabana.
(Foto 1, Pátio da ALL no centro de Sorocaba, por onde passa todo o tráfego da ferrovia por ela administrada)
A prefeitura de Sorocaba deveria parar de fingir que problema não é dela, para aproveitar o momento e buscar o apoio dos governos estaduais e federais, para a construção de desvios da ferrovia do centro urbano, quem sabe um desvio que passasse pela zona industrial, onde não existe sequer um ramal ferroviário atualmente. Isso feito, possibilitaria-se o aproveitando das linhas internas para o uso no transporte público de passageiros - com baixo custo de instalação - como é feito em São Paulo com a CPTM. Toda a zona norte da cidade poderia ser conectada facilmente com o centro da cidade através de uma única linha de trens metropolitanos.
Em São Paulo
No Estado de São Paulo, "a locomotiva da nação", apesar da malha ferroviária não ter aumentado nas últimas décadas, as diversas linhas que cruzam o estado tem como único ponto de encontro o miolo da cidade de São Paulo, o que causa uma série de incomodos tanto para a populção quanto para as operadoras as ferrovias.
Entretanto, com a diminuição do movimento de carga nos últimos anos, o governo do estado passou a dividir os trilhos das ferrovias com os trens de transporte urbano da CPTM, sem ter realizado um desvio para a carga, o chamado Ferroanel.
Por isso, as composições de carga perdem horas esperando a liberação para passar dentro de uma estação, como a da Barra Funda (na foto), que serve também como zona de embarque e desembarque para os trens de transporte metropolitanos.
Com o reaquecimento dos transportes a passagem por São Paulo colocou um entrave a toda rede ferroviária do estado.
Para se ter um exemplo, quem trafega pelas Rodovias Castello Branco e Raposo Tavares poderá observar a grande quantidade de carretas de uma empresa que carrega centenas de toneladas de toras de eucalípito e madeira moída, da região de Itapetininga e Capão Bonito (reserva de reflorestamento) para a cidade de Suzano, na grande São Paulo, onde fica uma grande fábrica de papel e celulose. A madeira para celulose se enquadra no modelo de típica matéria prima que depende do transporte ferroviário, devido seu baixo valor agregado e alto volume de carga, no entanto todo o transporte é feito por caminhões.
(Ao lado, rodotrem, usado no transporte de cavacos de madeira para fabricalção de celulose)
A passagem de pesadas composições dentro de zonas centrais de cidades é uma realidade que prejudica a população, pelo perigo de acidentes e pelo incômodo causado pelo peso da carga. Por outro lado, conforme aumenta o movimento de carga nas estradas de ferro, torna-se imprescindivel, para o próprio sistema de transporte, o desvio dos centros urbanos, sempre cheios de obstáculos onde impera a lentidão e a cautela redobrada.
Ciclo de debates: Garantia de Luta
06 abril, 2009
05 abril, 2009
Francisco de Oliveira: Está é a primeira crise da globalização
Nos últimos vinte anos, o capitalismo mundial experimenta uma violentíssima expansão: 800 milhões de trabalhadores foram transformados em operários entre a Índia e a China, e em todos os países do vastíssimo arco asiático. Ficaram de fora nessa verdadeira revolução capitalista, a África, como sempre, e praticamente toda a América Latina.
Uma ampliação quase sem precedentes na história mundial das fronteiras da mais-valia. Descentralidade do trabalho? Vade retro! Com certeza, quem escreve e quem lê estão calçando um tênis e usando um relógio digital produzidos nessa nova fronteira. Isto quer dizer em teoria do valor que o custo de reprodução da força de trabalho nos países que importam tais bens de consumo foi drasticamente reduzido, sem a contrapartida de um aumento do salário monetário das suas classes trabalhadoras; Robert Kurz já os chamou, faz tempo, “sujeitos monetários sem dinheiro”.
Flynt (GM), Dearborn (Ford) e toda Detroit são hoje cidades fantasmas, casas abandonadas, com desempregos duas vezes superiores à taxa nacional norte-americana, e uma cena medieval diária, inimaginavel na América das oportunidades: trabalhadores em filas recebendo refeições; ao invés de Lutero e Calvino, São Francisco de Assis.
Atenção: esta revolução nos mercados de trabalho mundiais não poderia ter sido feita sem uma pesada mudança técnico-científica nos métodos e produtos. O relógio digital que se descarta é banal porque produzido por uma enorme infra-estrutura técnico-científica que tornou as imensas reservas de mão-de-obra baratíssimas. A China hoje tem mais estudantes de curso universitário que os EUA, e mais pós-graduandos que o total de estudantes universitários do Brasil.
Nos EUA isto significou que a não-contrapartida em salário monetário deixou um buraco nas contas dos consumidores e das famílias, que no boom da especulação imobiliária tinham adquirido a casa dos seus sonhos. Cujos empréstimos os norte-americanos imediatamente deixam de pagar, abandonam as casas e vão morar nos trailers de seus carrões, estacionados à noite nos parkings, onde dormem. E os bancos e financeiras hipotecárias deixaram até de cobrar, porque o crédito novo, obtido através do FED e dos empréstimos chineses, era mais barato do que cobrar dos inadimplentes.
A oferta de dinheiro barato, as subprimes, veio das aplicações chinesas em títulos do tesouro americano, cujo FED deixou os bancos privados expandirem o crédito para além de qualquer critério. Já em março de 2005, Ben Bernanke, então importante economista de Princeton, alertava para o risco da utilização dos empréstimos chineses para financiar os pesados gastos das famílias norte-americanas, em hipotecas de casas e carros. Ben é hoje o todo-poderoso presidente do FED, e de crítico converteu-se em administrador da bancarrota (citado em Mark Landler, “Somente os bolsos chineses se enchiam” Folha de S.Paulo, 5/jan/2009, artigos selecionados do The New York Times).
* Francisco de Oliveira é Professor Emérito da FFLCH-USP.
04 abril, 2009
Paulo Teixeira integra delegação brasileira para observar energia eólica na Espanha
O deputado Paulo Teixeira estará na Espanha entre os dias 1º e 4 de abril. Ele integra a comitiva brasileira, formada pelo Ministério de Minas de Energia – MME, Ministério de Meio Ambiente – MMA, governadores, senadores, deputados federais, presidentes da Eletrobrás, Empresa de Pesquisa Energética – EPE e Banco do Nordeste – BNB e lideranças empresarias.
03 abril, 2009
As elites e o “fardo do homem branco”
Lula em encontro com Gordon Brow em 26 de Março de 2009: É uma crise causada e fomentada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis que, antes da crise, pareciam que sabiam tudo e que agora demonstra não saber nada.
Gordon Brown: [silêncio constrangedor]
Lula respondendo as críticas de um repórter inglês: Como eu não conheço nenhum banqueiro negro ou índio, eu só posso dizer que essa parte da humanidade que é a mais, eu diria, vítima do mundo pague por uma crise. Não é possível
Carlos Alberto Sardenberg na Rádio CBN em 27 de Março: O presidente foi infeliz, achou que estava num comício com metalúrgicos e acabou criando uma situação de muito constrangimento para o país, foi reprovado pela imprensa internacional [...] não é um fato isolado, ele sempre faz isso.
Bom Dia Brasil em 27 de Março: O primeiro ministro britânico ficou visivelmente constrangido.
Boris Casoy: isto éee uma vergonha, repito...!
Globo.Com: O Finacial Times diz que Brow tentou se distanciar fisicamente de Lula, quando ouviu tal declaração.
Globo.Com: Lula fomenta questão racial
Presidente Obama: Esse é o cara!
Argemiro Ferreira, Carta Maior: ...não consigo deixar de pensar na humilhação de FHC, o farol de Alexandria, que se orgulha de ter feito tanto para enfeitar a imagem de seu país aos olhos dos ricos do mundo.
Carta Maior referindo-se a um artigo do Times: Por que é tão engraçado um operário, torneiro mecânico, ser presidente? Por que é tão divertido Lula dizer o que bilhões de pessoas pensam hoje? Aposto que não ia parecer piada se parentes de vocês estivessem morrendo de cólera porque em Nova York um banqueiro irresponsável decidiu brincar de roleta e falir o país deles.
01 abril, 2009
Adam Smith, Cadê você?
Baseados em informações sigilosas e, portanto, sem necessidade de comprovação, a Grã-bretanha e os EUA estão disseminando pela rede, a notícia de que tais produtos comportam uma capacidade de sabotar sistemas de transferência de dados do ocidente, principalmente num futuro escalonamento do conflito entre ocidente e oriente – tido como inevitável na doutrina militar do governo norteamericano -, ou mesmo por puro sadismo comunista.